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Bolsonaro pede desculpas por fake news de vacina: "Entusiasta do grafeno"

Do UOL, em Brasília

18/06/2023 12h14

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu desculpas hoje por fazer uma acusação, sem provas, de que vacinas continham grafeno. As desculpas foram publicadas em uma rede social. "Houve um equívoco da minha parte."

Mais uma vez lamento o falado e peço desculpas"
Jair Bolsonaro, ex-presidente

O que aconteceu?

Jair Bolsonaro afirmou sábado (17), em um evento do PL em Jundiaí (SP), que as vacinas continham grafeno. "Agora, vão cair para trás aqui", iniciou ele. "A vacina tem dióxido de grafeno, tá? Onde ele se acumula? Nos testículos e ovários", continuou. O ex-presidente garantiu que leu a bula do laboratório Pfizer. "Eu li a bula."

Neste domingo (18), às 10h, a declaração falsa foi refutada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autoriza imunizantes e remédios após avaliar sua eficácia e segurança. "Nenhuma vacina aprovada possui grafeno."

Neste domingo (18), o ex-presidente se retratou. Ele alegou que, por ser "entusiasta do potencial de emprego do óxido de grafeno", relacionou "inadvertidamente" o grafeno com a vacina. Bolsonaro destacou o "fato [foi] desmentido em agosto de 2021".A publicação foi feita só em duas redes sociais do ex-presidente. No Facebook, ele a publicou às 7h, antes do alerta da Anvisa à população. No Instagram, fez isso por volta de 11h, com a ferramenta "stories", em que as mensagens desaparecem em 24 horas. Não houve publicação no Twitter no Telegram até 13h deste domingo.

18.jun.2023 - Bolsonaro se desculpa por mentir sobre vacina - Reprodução/Facebook/Jairmessiasbolsonaro/18.jun.2023 - Reprodução/Facebook/Jairmessiasbolsonaro/18.jun.2023
"Equívoco" do "entusiasta": vacina não tem grafeno
Imagem: Reprodução/Facebook/Jairmessiasbolsonaro/18.jun.2023

Fakenews sobre eleições

Nesta semana, Bolsonaro deve ser julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por questionar, sem provas, supostas falhas graves no sistema eleitoral brasileiro. As declarações foram feitas a embaixadores estrangeiros às vésperas da campanha eleitoral.

O Ministério Público eleitoral pediu que Bolsonaro seja condenado a ficar inelegível por praticar abuso de poder político em um ataque às urnas eletrônicas.

Se condenado, Bolsonaro ficaria proibido de disputar as eleições de 2026 e 2030.