Kotscho: Pix de Bolsonaro mostra que perder eleição no Brasil é bom negócio

O colunista do UOL Ricardo Kotscho afirmou durante sua participação no UOL News desta sexta-feira (28) que perder a eleição no Brasil parece ser um bom negócio. A fala do colunista foi feita ao comentar a notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) movimentou R$ 17 milhões em Pix em 2023, segundo relatório do Coaf.

R$ 17 milhões é uma Mega-Sena, é uma coisa que precisa ser investigada, não é normal isso. No Brasil, perder a eleição é um grande negócio.

Kotscho ainda fez uma série de questionamentos com relação a essa quantia e também afirmou que se trata de "corrupção da grossa".

O que dá para comprar com esse dinheiro? Como pode aplicar esse dinheiro para render mais por mês? Tem que descontar Imposto de Renda? A Mega-Sena desconta Imposto de Renda, ele vai descontar? Quais foram os maiores doadores e por que doaram tanto dinheiro? O que receberam em troca? Tudo isso é corrupção e corrupção grossa.

Kotscho: deveríamos estar falando dos crimes de Cid e seu chefe, mas estamos falando de farda

O colunista do UOL também comentou a respeito da polêmica sobre Mauro Cid ter ido depor na CPI do 8 de janeiro fardado. Mais cedo, o Exército soltou nota oficial afirmando que não deu "orientação formal" sobre a vestimenta do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Para Kotscho, em vez de discutir o traje de Cid, todos deveriam estar falando de seus crimes.

Se ele está de farda ou não, isso é problema dele, o jeito que está vestido. Tem acusações gravíssimas contra esse ajudante de ordens e você desvia o assuntou. Em vez de falar dos crimes cometidos por ele e pelo chefe dele, estamos discutindo isso aí.

Ricardo Kotscho também colocou e dúvida a informação dada pelo Exército, lembrando que Cid foi até a CPI acompanhado por militares e em um carro do Exército.

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Tá na cara que falaram pra ele ir fardado para intimidar deputados e senadores. Deu ruim, uma pisada na bola. Agora, pega muito mal para o Exército ter um integrante fraudado e não respondendo acusações. Agora, apareceram mais R$ 3,2 milhões nas contas dele sem explicações, sem origem, sem destino. Pega mal para as Forças Armadas, é péssimo que ele vá fardado. Já não intimida ninguém também, isso é bobagem.

Madeleine: Bolsonaro tem se mantido relevante com atenção a absurdos que cometeu

A colunista do UOL Madeleine Lacsko comentou a respeito da entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro à revista Crusoé na qual ele afirmou que "só estou morto quando estiver enterrado". Para Madeleine, Bolsonaro mais uma vez tenta se manter relevante em um momento em que está inelegível e fora do poder.

Não sei qual a relação disso com a realidade. A realidade é: ele tem conseguido se manter relevante não por brilho próprio, mas porque os absurdos que ele fez têm sido mais apontados que escrutinados, mais rechaçados publicamente do que investigados.

A colunista também relembrou os anos que antecederam a eleição de Bolsonaro para a Presidência da República e afirmou que ele ganhou fama dizendo "absurdos".

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Ele é uma pessoa que chegou no poder exatamente assim, fazendo o quê? Nada. Qual a realização? Nada. Pega sete mandatos dele, não fez nada. Como ganha relevância? Quando as pessoas começam a falar os mesmos absurdos que ele falou e falar: olha que absurdo. E ele se torna relevante.

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O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em três edições: às 8h, às 12h, com apresentação de Fabíola Cidral, e às 18h, com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

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