Advogado de Cid encontra Moraes na quinta para definir estratégia de defesa
Do UOL, em São Paulo e em Brasília
22/08/2023 12h27Atualizada em 22/08/2023 12h38
O advogado do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, Cezar Bitencourt, vai se encontrar com o ministro do STF Alexandre de Moraes na quinta-feira (24).
O que aconteceu?
Reunião está marcada para as 16h15, e não deve durar muito. O ministro tem outra reunião agendada para as 16h30.
Advogado de Cid afirmou que procuraria Moraes para definir qual estratégia vai seguir na defesa do militar. Na semana passada, o criminalista disse que queria negociar um novo depoimento de Cid à PF e falar com o ministro para atenuar a pena de seu cliente.
O ministro é o responsável pelo inquérito que investiga a venda ilegal de joias presenteadas a Jair Bolsonaro por países árabes
Defensor disse que militar iria confessar que vendeu um relógio Rolex a mando do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A peça, presenteada ao governo brasileiro, é avaliada em cerca de R$ 300 mil.
Cezar Bitencourt deu declarações divergentes sobre os próximos passos de Mauro Cid no caso das joias. À revista Veja o advogado já disse que Cid confessaria ter vendido ilegalmente as joias. No dia seguinte, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que não tinha falado nada sobre o assunto. Ontem, à CNN, disse que Cid vai admitir ter vendido apenas o relógio.
Mauro Cid está preso em Brasília desde maio deste ano. Ele foi detido em uma operação que apura fraude em cartões de vacinação contra a covid-19.
As suspeitas da PF
Na sexta passada, a Polícia Federal deflagrou operação que investiga o desvio de joias presenteadas à União. Segundo a instituição, ajudantes de Bolsonaro revendiam joias e bens recebidos pela Presidência da República.
A PF suspeita que os recursos gerados com as venda dos bens eram repassados a Bolsonaro em dinheiro vivo. Outros indícios da participação do ex-presidente se deve ao fato de as joias serem levadas ao exterior durante viagens presidenciais em aviões da FAB.
O advogado Frederick Wassef, que trabalha na defesa de Bolsonaro, também é investigado. Ele já admitiu que foi aos EUA para recomprar o relógio Rolex após o TCU (Tribunal de Contas da União) determinar que Bolsonaro deveria devolver as joias que recebeu da Arábia Saudita, após a imprensa revelar o caso.