Sakamoto: Lula quer receita e justiça social ao propor taxar super-ricos

O colunista do UOL Leonardo Sakamoto falou no UOL News desta segunda-feira (2*) sobre a MP assinada pelo presidente Lula (PT) para tributar fundos de super-ricos.

O governo quer fazer receita e também por uma questão de justiça social. O Haddad foi muito feliz quando falou: 'não é uma questão Robin Hood'. Tem muita gente que diz que querem tirar dos ricos para dar para os pobres. A questão é outra, a questão é que o sistema tributário brasileiro é um Robin Hood às avessas. O sistema tributário brasileiro tira dos pobres para dar para os ricos.

A classe média paga mais impostos que os super-ricos, proporcionalmente. Só que o pessoal não se importa ou faz de conta que não se importa. Protege-se uma camada da sociedade.

Sakamoto: Forças Armadas deveriam fazer 'mea culpa' e não pressionar governo por aumento

Leonardo Sakamoto também falou sobre uma reportagem da Folha de S.Paulo que mostra que o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, enviou ao presidente Lula um pedido para o aumento do salário de militares em 9%.

Esse pleito dos militares tem acontecido desde o começo do ano, a ideia é equiparar, já que os servidores federais civis tiveram aumento de 9%. A questão é que os servidores civis não tiveram nenhum aumento novo aprovado durante os quatro anos de governo de Jair Bolsonaro. E os militares tiveram a reestruturação da carreira, que significou o acréscimo de penduricalhos aqui e ali, reajustes.

Sakamoto falou também sobre o momento das Forças Armadas. Para o colunista, o momento atual é de fazer um 'mea culpa' e não de pressionar o governo por um aumento salarial.

As Forças Armadas deveriam estar fazendo um 'mea culpa' e repensando sua estrutura e não pressionando um governo civil para ter um aumento, ter mais privilégios do que eles já tiveram nos últimos quatro anos.

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Os oficiais deveriam estar abrindo mão dos privilégios em detrimento aos praças, mas a gente sabe que não é isso que acontece. Na prática, os soldados estão entendendo e vendo o que é desigualdade social diante do privilégio dos oficiais.

Bolsonaro sequestrou cores nacionais para intenções golpistas, diz Sakamoto

Leonardo Sakamoto também comentou a respeito da tentativa do governo Lula em reverter a politização das Forças Armadas e de alguns símbolos nacionais durante o evento de 7 de setembro. Segundo o colunista, o sequestro das cores nacionais começou entre 2015 e 2016, antes do impeachment de Dilma Rousseff.

O bolsonarismo, como herdeiro daquele processo, se apropriou daquelas cores e durante os quatro anos do governo o Bolsonaro fez a mesma coisa, basicamente era: quem usa amarelo está comigo, quem não usa está contra mim.

Só que o amarelo e o verde não pertencem ao Bolsonaro, são as cores de símbolos pátrios. Durante o 7 de setembro de 2021 e 2022, Jair Bolsonaro sequestrou as cores nacionais parra intenções golpistas.

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