Suspeitos de agredir Moraes pedem vídeos do aeroporto de Roma pela 4ª vez
A defesa dos três suspeitos de agredir o ministro Alexandre de Moraes pediu novamente ao STF o acesso às imagens do circuito interno do aeroporto de Roma.
O que aconteceu
Essa é a quarta vez que o advogado dos acusados solicita acesso aos vídeos. As outras três vezes foram em 24 de julho, 31 de agosto e 11 de setembro.
A defesa também quer que o caso seja redistribuído por sorteio no Supremo. "Por muito evidente, os fatos ora apurados em nada se relacionam com os acontecimentos do dia 08 de janeiro, o que torna incorreta a distribuição por prevenção", diz a petição assinada pelo advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho.
Imagens foram recebidas pelo Brasil no início do mês
As imagens foram entregues ao Ministério da Justiça no dia 4 de setembro. O conteúdo da gravação foi remetido à Polícia Federal e é esperado que os investigadores as usem para confrontar as versões dos suspeitos com as de Moraes e sua família.
Conflito de versões
As versões de Moraes e dos suspeitos são divergentes. Estes negam a agressão à Moraes. O ministro foi chamado de "bandido, comunista e comprado", conforme a investigação da PF. As palavras teriam vindo de Andreia Munarão, esposa de Roberto Mantovani.
Segundo o advogado da família Mantovani, teria sido o filho de Moraes que iniciou agressões verbais contra Andreia. Na sequência, Roberto, para defender a esposa, teria "afastado o rapaz com os braços". Ele deu detalhes da versão dos acusados em entrevista ao UOL.
Já Moraes alegou em depoimento à PF que recebeu dois ataques verbais no aeroporto de Roma de Roberto Mantovani e Andreia Munarão. As ofensas seriam acusações de que Moraes havia "fraudado as urnas e roubado as eleições". A família defende que as imagens mostrarão os ataques.
Os suspeitos respondem ao processo em liberdade. Durante as investigações, houve um mandado de busca e apreensão em dois endereços em Santa Bárbara d'Oeste (SP). Na ocasião, foram apreendidos um computador e um celular.