Senha para sala VIP, sem ofensa: como advogado explica confusão com Moraes

O advogado Ralph Tortima Stettinger, que defende a família acusada de atacar o ministro Alexandre de Moraes, nega que tenha havido agressões verbais por parte de seus clientes e diz que a confusão foi causada por uma senha de reserva exigida para entrar na sala VIP do aeroporto de Roma, na Itália.

O que aconteceu, segundo o advogado

Andreia Munarão, Roberto Mantovani e o filho do casal teriam sido barrados de entrar na sala VIP por não terem uma senha prévia de acesso ao local.

Segundo o advogado, Munarão não sabia da necessidade da senha e protestou ao ver o ministro entrar na sala, imaginando ser algum tipo de privilégio.

O que existiu foi uma discussão em torno de lugar da sala VIP. Sabendo que não haveria lugar para sua familia com duas crianças e um idoso, vendo um ministro ingressar logo em seguida, [Andreia] entendeu que teria existido algum privilégio e se manifestou não contra o ministro, mas relativamente às atendentes que estavam ali. A senhora Andreia desconhecia necessidade de reserva prévia que provavelmente o ministro tinha na sala VIP.
Ralph Tortima Stettinger, advogado dos investigados

Não proferiu qualquer ofensa a ele e as imagens vão evidenciar que não estiveram juntos, que não há qualquer menção dela direcionada ao ministro. Na sala VIP, havia outras pessoas, havia uma aglomeração. Nessa aglomeração, ela ouviu ofensas ao ministro. Ela garante não ter realizado ofensas ao ministro.

Em seguida, o filho de Moraes e uma mulher que o acompanhava fizeram o cadastro na recepção da sala VIP. Ao ouvir as reclamações, iniciou-se uma discussão. Segundo o advogado, o filho de Moraes ofendeu Andreia com palavras de baixo calão.

Foi quando chegou Roberto Mantovani para defender a esposa. Ele "afasta o rapaz com os braços", segundo sua defesa.

O ministro então sai de dentro da sala e vem buscar o filho. E o leva para dentro da sala. Quando o ministro sai, sai com celular nas mãos e ele fotografa essas pessoas. Disse que seriam presos e responderiam por isso.

[Que as imagens] evidenciem que em momento algum seria possível ofensa direta ao ministro porque ele não estava presente no momento em que eles estavam. Não há nenhum momento em que estão eles com o ministro. Só nessa saída em que ele vem tirar o filho.

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A defesa do casal afirma que houve um "equívoco interpretativo em torno dos fatos", com os xingamentos sendo proferidos por outras pessoas. Disse também que não houve "motivação política" na ocorrência.

O advogado relatou que em nenhum momento ocorreram ofensas, muito menos ameaças ao ministro.

Até o momento, não foram divulgadas imagens do episódio. A PF espera estar com esse material amanhã.

Como foram as agressões

O ministro foi hostilizado na última sexta-feira por volta das 18h45 no horário local.

Segundo a PF (Polícia Federal), Andréia teria chamado o ministro de "bandido, comunista e comprado".

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Mantovani teria reforçado os xingamentos. Ele ainda teria agredido fisicamente o filho do ministro com um tapa nos óculos.

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