Aguirre: PF chega ao 1º membro das Forças Armadas suspeito de atuar no 8/1
Colaboração para o UOL, em São Paulo
29/09/2023 08h38
A Polícia Federal alcançou hoje uma das mais importantes etapas da Operação Lesa Pátria, ao chegar pela primeira vez a um militar suspeito de participar ativamente dos atos golpistas de 8/1, aponta o colunista do UOL Aguirre Talento. O general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes é o principal alvo da 18ª fase da operação.
É uma fase emblemática da Lesa Pátria por ser a primeira que chega a integrantes das Forças Armadas suspeitos de participar ativamente das invasões. Até agora, estava sendo investigada a omissão de diversos integrantes do Exército e de membros do batalhão da guarda presidencial, mas a participação ativa é a primeira vez. Aguirre Talento, colunista do UOL
Em participação no UOL News, Talento contou que Ridauto trabalhou com o general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde e, por conhecer as instalações do governo, pode ter facilitado a invasão dos golpistas. O colunista frisou que a nova operação da PF agrava a situação das Forças Armadas por reforçar o envolvimento de sua cúpula nos atos de 8/1.
Ele foi flagrado em imagens participando ativamente do ato antidemocrático. Uma das suspeitas da investigação é que ele tenha ajudado a organizá-lo e, pelo conhecimento que tinha de Brasília, do terreno e do sistema de segurança, tenha usado isso para facilitar a invasão da sede dos Três Poderes. Agora se inicia uma linha de investigação da PF sobre a participação de um grupo de elite do Exército na organização e execução do 8/1, o que coloca as Forças Armadas em posição ainda mais complicada. Aguirre Talento, colunista do UOL
Análise: Desenrolar de indicações ao STF contradiz expectativas com Lula
A cientista política Luciana Santana avaliou que o governo Lula frustra as expectativas de promoção da diversidade e da igualdade de gênero pela forma como conduz as indicações de ministros para o STF. A cientista política lamentou a prática do presidente, que afirmou não levar em conta gênero e cor como critérios para nova indicação ao Supremo, e a considerou um "retrocesso".
O que temos visto, não apenas no desenrolar da escolha do novo ministro do STF, é algo muito contraditório com todo ritual e expectativas criadas em torno do governo Lula. Toda essa movimentação é bastante preocupante para a representação de grupos que precisam de maior visibilidade e representatividade. Luciana Santana, cientista política
Mulher negra no STF traz olhar a vivências não representadas, diz advogada
Ao analisar o discurso de Luís Roberto Barroso em sua posse como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), a advogada Claudia Luna exaltou a defesa das minorias feita pelo ministro. Ela ressaltou a necessidade de promover a diversidade no STF e no alto escalão do Judiciário para que as palavras de Barroso não fiquem apenas no discurso
A perspectiva é criar um Supremo que possa refletir e estar mais sintonizado às realidades e aos contextos que a população vivencia. Ao trazer como componente do seu discurso a representatividade dentro das instituições democráticas, sobretudo do sistema de Justiça, o ministro Barroso sinaliza isso. Claudia Luna, advogada
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