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Lula diz que violência no Rio é problema do Brasil: 'Parecia Faixa de Gaza'

Do UOL, em São Paulo e Brasília

25/10/2023 11h37Atualizada em 25/10/2023 12h35

O presidente Lula (PT) voltou a defender hoje que a crise de segurança pública no Rio de Janeiro não seja assunto de responsabilidade dos governos locais, mas um "problema do Brasil".

O que aconteceu

Em evento no Planalto, Lula falou mais uma vez sobre a necessidade de uma parceria entre o governo federal e o estadual para enfrentar o problema. O governo já descartou intervenção federal, mas enviou a Força Nacional e a Polícia Federal ao estado.

O problema da violência no Rio de Janeiro, era muito fácil ficar vendo aquelas cenas de ontem que apareciam na televisão, e antes de ontem, que parecia a própria Faixa de Gaza de tanto fogo e de tanta fumaça, e dizer que é um problema do Rio de Janeiro, um problema do prefeito Eduardo Paes, é um problema do governador. Não, é um problema do Brasil. É um problema nosso que nós temos que tentar encontrar a solução.
Presidente Lula

Lula disse que cenas de ônibus queimados deixaram o Rio "parecendo a Faixa de Gaza". Lula também afirmou que a guerra entre Israel e o Hamas é um "genocídio".

"O problema é o seguinte: não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase duas mil crianças que não têm nada a ver com essa guerra, que são vítimas dessa guerra. Sinceramente, eu não sei como um ser humano é capaz de guerrear, sabendo que o resultado dessa guerra é a morte de criança inocente", acrescentou.

O presidente instalou e participou da 1ª reunião plenária do Conselho da Federação, órgão colegiado criado pelo governo tem 18 membros, com participação de governadores e prefeitos. O objetivo é "subsidiar e promover a articulação, a negociação e a pactuação de estratégias e de ações de interesses prioritários comuns".

Governo Lula debate recriar Ministério da Segurança

O fatiamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública voltou a ganhar força dentro do governo Lula após os ataques a ônibus no Rio de Janeiro. A ideia é defendida pelo presidente Lula (PT) desde o governo de transição, mas tem resistência do ministro Flávio Dino, que comanda a pasta.

De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o assunto está sendo debatido, mas não há ainda consenso em como a pasta seria criada nem com que atribuições.

Dino diz ser contra federalizar segurança pública

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirma que discorda da federalização da segurança pública no Brasil. Dino diz que o Brasil é um "país continental" para justificar que a centralização da área pela União não é o "caminho certo".

O ministro defendeu que o governo federal não deve tirar poder dos estados. "Considero ser equivocado ignorar que os governadores e as polícias estaduais - em sua imensa maioria - trabalham muito para garantir Segurança Pública em um país desigual e complexo", escreveu Dino no X (antigo Twitter).

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