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Lula diz que questão climática 'não é mais loucura de professor da USP'

Do UOL, em São Paulo e Brasília

07/11/2023 11h38Atualizada em 07/11/2023 16h20

O presidente Lula (PT) afirmou hoje que a questão climática "não é mais loucura de professor da USP" e que o planeta "está dando um aviso" sobre o assunto com os desastres naturais.

O que Lula disse

Meio ambiente e sustentabilidade têm sido pautas do governo, com aumento na proteção de áreas preservadas e criação de projetos de energia verde. Lula falou na abertura do 6º Brasil Investment Forum - BIF 2023, um evento internacional de investimentos, no Palácio do Itamaraty.

A questão climática não é mais loucura de professor da USP, não é mais loucura de ambientalista, não é mais loucura de nenhum jovem desvairado, não. A questão do clima é muito séria e o planeta está dando um aviso. 'Cuide de mim, não me destruam, que vocês serão destruídos junto comigo.' Esse é o recado que a gente está vendo nos ciclones, nos furacões, nas secas.
Lula, em evento no Itamaraty

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A fala se dá em meio a dois desastres naturais no Brasil na última semana. O estado de São Paulo enfrentou chuvas que deixou áreas da região metropolitana quase três dias sem luz enquanto a Amazônia enfrenta seca histórica na base dos rios.

Enel diz que 200 mil imóveis seguem sem luz

Cerca de 200 mil imóveis continuam sem energia elétrica na região da Grande São Paulo, segundo o último boletim divulgado pela Enel, na manhã de hoje.

A previsão da empresa é que toda a população afetada, que chegou a 2,1 milhões no pico de desabastecimento, tenha energia até esta terça-feira (7).

No início da tarde de hoje, a falta de energia também afeta o abastecimento de água em Cotia, Jandira, Vargem Grande Paulista e Pirapora do Bom Jesus. Em Osasco, os reservatórios estão em recuperação.

Falta de luz ocorreu após um temporal atingir São Paulo na última sexta-feira (3). As chuvas derrubaram centenas de árvores no estado e foram registradas rajadas de vento superiores a 100 km/h pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de São Paulo. A velocidade é a maior que se tem registro desde 1995, quando os dados começaram a ser computados pelo órgão.

Inúmeros foram os relatos de pessoas que precisaram se hospedar em hotéis desde sexta-feira (3) ou perderam tudo o que estava na geladeira. Uma idosa de 89 anos que usa respirador teve que passar a noite em um hospital porque estava sem luz em casa.

Serviços de telefonia, internet e abastecimento de água também foram afetados. Moradores da capital e da região metropolitana relataram falta de água, sinal de internet e dificuldade para fazer ligações inclusive para a Enel.

Secretaria diz que 25 escolas ainda não têm luz

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou que 25 escolas estaduais seguem sem fornecimento de energia. São 14 unidades na capital e 11 no interior do estado. Outras 14 unidades escolares estão com aulas presenciais suspensas e atendem os alunos remotamente.

Chuvas em São Paulo deixaram 8 mortos

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros de São Paulo confirmaram oito mortes causadas pelas chuvas que atingiram o estado na última sexta-feira (3).

A nova vítima confirmada morreu na cidade de Ibiúna, no interior de São Paulo. Uma pessoa estava internada após ser atingida por uma árvore que caiu e não resistiu.

Outras sete pessoas morreram em seis cidades. As mortes foram registradas em São Paulo, Suzano, Osasco, Santo André, Limeira e Ilhabela. Na capital, duas vítimas estavam em um carro atingido por uma árvore que caiu. As outras cinco cidades tiveram uma morte cada, segundo a Defesa Civil.

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