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Governo custeará dois assessores que vão com Bolsonaro à posse de Milei

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Imagem: Andre Violatti/Ato Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

25/11/2023 19h43Atualizada em 25/11/2023 22h23

O governo federal vai custear parte da equipe que acompanhará o ex-presidente Jair Bolsonaro na posse de Javier Milei na Argentina.

O que aconteceu

A Casa Civil do governo Lula autorizou que dois servidores acompanhem Bolsonaro em Buenos Aires. A autorização foi publicada no DOU (Diário Oficial da União).

Os servidores fazem parte da equipe de apoio a que Bolsonaro tem direito. Segundo a Legislação Federal, que dispõe sobre a organização da administração pública, todo ex-presidente tem direito a oito funcionários, e essas despesas devem ser custeadas pelo caixa da Presidência da República.

Eles são segundo-tenentes do Exército. Estácio Leite da Silva Filho e Jossandro da Silva foram nomeados assistentes técnicos em dezembro de 2022, nos últimos dias do governo Bolsonaro.

Bolsonaro pretende levar uma comitiva de peso para a posse de Milei. Devem acompanhar o ex-presidente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), entre outros políticos.

A agenda internacional ocorre entre os dias 7 e 11 de dezembro (a posse de Milei está marcada para o dia 10).

Javier Milei é apoiador declarado de Jair Bolsonaro e amigo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O filho do ex-presidente viajou a Argentina para acompanhar de perto o primeiro turno das eleições no país.

Ainda não se sabe se Lula vai

Governo brasileiro conversa com a equipe de Milei, mas caberá a Lula decidir se vai à posse na Argentina. A gestão petista estima que um dos fatores importantes é entender como será feita a transição e até que ponto acordos, tarifas e compromissos entre os dois países serão preservados, segundo noticiou o colunista do UOL Jamil Chade.

O assessor especial do Palácio do Planalto, Celso Amorim, recebeu ontem o embaixador da Argentina em Brasília, Daniel Scioli. Questionadas sobre a agenda do encontro, pessoas que participaram da reunião se limitaram a dizer que "todos os temas da relação bilateral" foram tratados.

Em Buenos Aires, conversas também foram estabelecidas. A esperança é de que haja um espaço para a normalização da relação entre os dois principais parceiros comerciais e políticos da América do Sul.

Milei fez ataques a Lula durante a corrida pela Casa Rosada, além de ter convidado Bolsonaro para a cerimônia. Ele venceu as eleições presidenciais com 55,6% dos votos; Sergio Massa, candidato governista, obteve 44,3% das urnas.

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