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Renan Calheiros defende 'pausa humanitária' em conflito com Arthur Lira

Arthur Lira e Renan Calheiros são inimigos políticos declarados Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados e Edilson Rodrigues/Senado Federa

Do UOL, em São Paulo

11/12/2023 19h57Atualizada em 11/12/2023 20h05

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu uma "pausa humanitária" no conflito com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em meio à crise em Maceió pela mina da Braskem. Os dois são adversários em Alagoas. A declaração foi dada hoje, em entrevista à CNN Brasil.

O que aconteceu

Calheiros propôs que os dois atuem para responsabilizar a Braskem pelas consequências causadas pelas minas da empresa em Maceió. "Eu mesmo me disponho a propor uma pausa humanitária com o deputado Arthur Lira para que nós, juntos, defendamos os interesses do estado de Alagoas".

O emedebista criticou o suposto alinhamento de Lira à Braskem e à sua acionista majoritária, a Novonor - antiga Odebrecht. "Isso [pausa humanitária] não vai acontecer se o deputado continuar defendendo os interesses da Braskem, Odebrecht".

O senador disse que os dois têm um "encontro informal" marcado para amanhã, às 11h, no gabinete do senador Omar Aziz (PSD-AM).

O UOL tenta contato com o deputado Arthur Lira. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

CPI da Braskem

A rivalidade política entre Lira e Calheiros voltou à tona após a tentativa de instalação da CPI da Braskem, afirmou o colunista Tales Faria no UOL News da manhã de hoje (11).

A comissão, que seria instalada amanhã, pode ter o início de seus trabalhos adiado. "O PSD, por exemplo, não indicava seus senadores, indicou um e permitiria a instalação da CPI. Mas, diante do Renan ter marcado [o início], o senador Otto Alencar (PSD-BA) se autoindicou membro da CPI e passa a ser o mais velho integrante da comissão e, como mais velho, ele coloca em risco a instalação da CPI amanhã".

A Novonor é um conglomerado com forte influência na Bahia. Calheiros e Otto devem conversar amanhã sobre a CPI. "Agora, a Braskem é muito importante para o polo de Camaçari na Bahia. Não podemos destruir a empresa como aconteceu na Lava Jato", disse o senador baiano à CNN Brasil.

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