Quaest: Lula termina ano em alta com nordestinos e em baixa com evangélicos
A aprovação do governo Lula (PT) é de 54%, enquanto a desaprovação é de 43%, aponta pesquisa da Genial/Quaest realizada em dezembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
O que diz a pesquisa
A desaprovação do governo Lula oscilou de 42% para 43% desde outubro. Já a aprovação foi de 54%, assim como dois meses atrás; 3% não souberam responder.
Nordeste é quem melhor avalia o primeiro ano do governo Lula, com 70% de aprovação e 28% de desaprovação. A nota média na região foi de 6,9 (de 0 a 10), segundo a sexta e última pesquisa do ano feita pelo instituto.
No Sul, 51% desaprovam, enquanto 46% aprovam. Sudeste (49% aprovam e 47% desaprovam) e Centro-oeste/Norte (51% aprovam e 47% desaprovam) tiveram empate técnico, considerando a margem de erro.
Evangélicos desaprovam, e católicos aprovam Lula. No primeiro grupo, mais identificado com o ex-presidente Jair Bolsonaro, a avaliação negativa foi de 56% enquanto a positiva foi de 41%. Entre os católicos, 61% aprovam e 37% desaprovam o governo.
Pobres aprovam; ricos desaprovam. Para quem recebe até 2 salários mínimos, a aprovação é de 64%, contra 33% de desaprovação. Para quem ganha mais de 5 salários mínimos, a desaprovação é de 55%, contra 41% de aprovação.
Aprovação entre pretos e pardos, e empate técnico entre brancos. 63% dos pretos aprovam Lula, enquanto 35% desaprovam; entre pardos, fica 57% x 41%; entre brancos, 49% aprovam e 47% desaprovam (empate na margem de erro).
Lula é melhor avaliado no público feminino (55% aprovam e 41% desaprovam). No masculino, fica 52% a 46%.
Aprovação entre os que têm menor escolaridade, e desaprovação entre os que têm maior. 65% dos que estudaram até o ensino fundamental aprovam o governo Lula e 32% desaprovam; há empate técnico entre quem tem ensino médio completo ou incompleto (50% aprovam e 47% desaprovam), e para quem tem ensino superior incompleto ou mais fica 55% de desaprovação e 43% de aprovação.
Haddad em alta
Fernando Haddad (Fazenda) foi citado como o melhor ministro por 7% dos entrevistados. De malas prontas para o STF, Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) teve 4%; Camilo Santana (Educação) aparece com 2% das menções.
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Quero receberVitórias importantes no Congresso também refletiram na opinião popular. Subiu de 41% para 50% a porcentagem dos que acham que Lula tem uma relação melhor com o Legislativo que Bolsonaro. Os que acham a relação é pior caíram de 43% para 36%.
A opinião dos entrevistados sobre a economia do país ficou estável nos últimos três meses: 34% acham que melhorou, 33% que ficou igual e 31% que piorou nos últimos 12 meses.
Pontos positivos e negativos
Viagens para fora do Brasil, a não condenação do Hamas como "grupo terrorista" e a retomada de relações com a Venezuela foram citados como o maior erro do petista por 5% dos entrevistados. Impostos para a compra armas (4%) também foram lembrados.
Retomada do Minha Casa Minha Vida e aumento no valor do Bolsa Família foram lembrados como maior acerto por 7% cada um. Farmácia Popular e Desenrola Brasil foram mencionados por 6%.
Detalhes da pesquisa
A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 14 e 18 de dezembro. Ao todo, foram feitas 2.012 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais em todos os estados, segundo o instituto.
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