Conteúdo publicado há 11 meses

Pacheco fala em mudar leis após morte de PM por fugitivo de 'saidinha'

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), defendeu uma mudança nas leis após um policial militar morrer baleado na cabeça por um fugitivo de "saidinha".

O que aconteceu

Pacheco ressaltou que o papel da Segurança Pública é do Estado, mas lembrou que o Congresso pode propor mudanças nas leis. O sargento Roger Dias, 29, teve morte cerebral no domingo (7). "Embora o papel da segurança pública seja do Executivo, e o de se fazer justiça, do Judiciário, o Congresso promoverá mudanças nas leis, reformulando e até suprimindo direitos que, a pretexto de ressocializar, estão servindo como meio para a prática de mais e mais crimes", escreveu no X (antigo Twitter).

O autor dos tiros contra o sargento deixou a prisão pela "saidinha de Natal" e tem 18 passagens pela polícia. As saidinhas são um benefício concedido a presos com bom comportamento que já cumpriram parte da pena e estão em regime semiaberto.

O senador também se solidarizou com a família do sargento. "O crime cometido contra o policial Roger Dias da Cunha é de gravidade acentuada e gerou a todos grande perplexidade e tristeza. Meus sentimentos à sua família e à Polícia Militar de Minas Gerais", disse.

Ou reagimos fortemente à criminalidade e à violência, ou o país será derrotado por elas.
Rodrigo Pacheco

O governador de Minas, Romeu Zema, também lamentou a morte do PM e criticou as "saidinhas". "Perdemos o Sargento Dias. Meus sentimentos aos familiares, amigos e irmãos de farda", publicou.

Mesmo com todos os esforços dos médicos, o pai de família não voltou pra casa, mas o criminoso que devia estar atrás das grades, por força da lei, estava nas ruas e causou essa perda irreparável.
Romeu Zema

PM baleado durante perseguição

Policial foi baleado na cabeça durante abordagem em BH
Policial foi baleado na cabeça durante abordagem em BH Imagem: Reprodução/PM-MG
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O sargento Roger Dias levou dois tiros na cabeça e outro em uma das pernas. O militar participava de uma abordagem a um fugitivo em Belo Horizonte, na sexta-feira (5).

O PM passou por uma cirurgia na perna e chegou a colocar um dreno na cabeça para controlar a pressão intracraniana. Os médicos, no entanto, alertaram que o quadro era irreversível, segundo a major Layla.

O fugitivo também foi baleado, mas foi socorrido e passa bem. O autor dos tiros e um comparsa já tiveram a prisão em flagrante determinada.

Os órgãos do sargento serão doados pela família. O velório e enterro devem acontecer na manhã de terça-feira (8), mas ainda não há detalhes, segundo a PM.

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