Dino chama de corrupto quem usa combate à corrupção como bandeira política
O ministro Flávio Dino afirmou que o primeiro ano do governo Lula "pôs fim à espetacularização do combate à corrupção" e, sem citar nomes, chamou de corrupto quem faz política com o assunto.
Quem usa o combate à corrupção como bandeira política é tão corrupto quanto o corrupto.
Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, em sua despedida do cargo
'Nunca houve interferência do governo na autonomia da PF'
Dino afirmou que não sabe o nome do delegado responsável pelas investigações da morte da vereadora Marielle Franco ou do caso da "Abin paralela" porque o governo não interfere nas ações da PF.
Ele disse, ainda, que nem Lula, nem qualquer ministro pediu informações sobre os casos investigados pelo órgão ao longo do primeiro ano de governo.
Nesses 13 meses, o presidente não me pediu nada. Nem para investigar, nem para deixar de investigar. Nenhum ministro se dirigiu para mim para pedir qualquer coisa, nunca houve interferência de autoridade de governo na autonomia técnica da PF.
Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública
Operações de combate à corrupção
Dados do primeiro ano da pasta mostraram que 227 operações da PF contra a corrupção foram feitas em 2023. Ao todo, 147 prisões foram realizadas, 2.091 mandados de busca e apreensão foram cumpridos e R$ 897 milhões em bens e valores foram bloqueados.
Dino afirmou que mudanças legais diminuíram o número das prisões preventivas em fases investigativas. O ministro usou o dado para justificar o número "reduzido" de prisões em operações do tipo.
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