Fraude em vacina e golpe estão 'umbilicalmente' ligados, diz defesa de Cid
Do UOL, em São Paulo
19/03/2024 15h59Atualizada em 19/03/2024 18h09
O advogado Cezar Bitencourt, que representa o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, disse, nesta terça-feira (19), que as investigações sobre a suposta fraude no cartão de vacina contra a covid-19 e suposto golpe de Estado estão "ligadas umbilicalmente".
O que aconteceu
Bitencourt citou o relatório produzido pela PF (Polícia Federal), em entrevista à GloboNews. "Uma coisa ligada à outra. Isso segundo o relatório da PF, segundo investigação da PF. E, me parece também, segundo o ministro Alexandre de Moraes".
O advogado também criticou o indiciamento de Cid nas investigações sobre a suposta fraude do cartão de vacina. "Absolutamente insatisfeito. É inadequado, impróprio, não foi o que a gente combinou [no acordo de delação premiada]. Não faz parte do acordo. É ilegal, abusivo, não concordo com isso".
Ele diz que pode acionar o STF (Supremo Tribunal Federal), se a denúncia for formalizada. "Mas temos tempo ainda para ir atrás disso. Estamos ainda na fase de investigação, não está terminantemente decidido. Mas não pode indiciar família, pai, irmão, seja o que for".
Durante a entrevista, o advogado voltou a dizer que Mauro Cid apenas cumpria ordens. "O Cid segue as regras que são determinadas. Naquele horizonte que ele tem, tem ideias, ele enxerga coisas, mas não para fazer algo que não está sendo determinado a ele".
Indiciamento
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e mais 15 pessoas foram indiciados pela PF por falsificação de certificados vacinais.
PF aponta que houve crime pelo uso indevido de uma documentação falsa. O indiciamento de Bolsonaro e significa que o Ministério Público terá que tomar decisão se apresenta denúncia contra o trio ou arquiva a investigação. A informação foi publicada pelo blog da Daniela Lima e confirmada pelo UOL.
O caso no STF está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. A PF enviou o indiciamento ontem para o Supremo Tribunal Federal. Agora cabe a Moraes encaminhar o caso para o MPF (Ministério Público Federal).