Pai de Mauro Cid depõe na PF sobre caso das joias recebidas por Bolsonaro
O general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, presta depoimento à PF (Polícia Federal) nesta tarde (26) no caso da suposta venda de joias que foram presente da Arábia Saudita a Jair Bolsonaro quando era presidente.
O que aconteceu
O general e seu filho são investigados por vender joias e presentes oficiais. O tenente-coronel admitiu à PF que participou ativamente da venda de dois relógios, um da marca Rolex e outro da Patek Phillipe. O dinheiro da comercialização ilegal teria sido depositado na conta do pai dele.
Cid era braço direito e secretário particular de Bolsonaro. Ele foi preso em 3 de maio, numa investigação sobre fraude em carteiras de vacinação do ex-presidente, familiares e assessores. Após ter a delação premiada homologada por Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), ele foi libertado no dia 9 de setembro.
Cinco dias depois, Cid disse aos investigadores que entregou ao ex-presidente uma parte do dinheiro proveniente do esquema ilegal de venda de joias no exterior. Segundo ele, Bolsonaro teria recebido em mãos US$ 68 mil de forma parcelada, com um repasse nos Estados Unidos e outro no Brasil.
Bolsonaro ganhou joias de autoridades estrangeiras em viagens oficiais, por isso os itens deveriam ser incorporados ao acervo da União. Em vez disso, as peças foram omitidas dos órgãos públicos, incluídas ao acervo pessoal de Bolsonaro e negociadas para fins de enriquecimento ilícito, segundo as investigações.
O ex-presidente tem mantido silêncio nos últimos depoimentos. A estratégia da defesa, comandada por Fabio Wajngarten, é ressaltar que não teve acesso à íntegra dos autos da investigação e à delação premiada de Cid e, por isso, não se manifestar nem responder aos questionamentos.
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