Conteúdo publicado há 2 meses

'Não adianta ir pro tapetão', diz Castro após MP pedir cassação de chapa

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), criticou a ação do Ministério Público Eleitoral que pediu pela cassação de sua chapa nas eleições de 2022.

O que aconteceu

"Não adianta ir pro tapetão", disse Castro ao citar seu adversário nas eleições, Marcelo Freixo (PT). "O resultado da urna tem que ser respeitado. O Sr. Marcelo Freixo tem que ver o seguinte: a população não o quis", disse Castro em entrevista concedida após evento com o ministro da Educação, Camilo Santana.

"Eu confio demais na justiça e tenho certeza de que isso é choro de perdedor", acrescentou o governador. "A vontade de quase 60% da população continuará em vigor", afirmou Castro.

O parecer das procuradoras levou em consideração uma série de reportagens do UOL. Freixo, atualmente presidente da Embratur, usou como base as evidências de que a chapa cometeu abuso de poder político e econômico nos escândalos das "folhas secretas" da Ceperj (Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) e da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

Além da cassação, as procuradoras pedem pela inelegibilidade de Castro e seu vice, Thiago Pampolha (MDB), por oito anos. A denúncia foi analisada por Neide Cardoso de Oliveira e Silvana Batini.

A Ceperj e a Uerj fizeram milhares de contratações sem transparência em ano eleitoral. Os nomes dos contratados só foram conhecidos após solicitações do Ministério Público do Rio e do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio). No caso da Ceperj, o MP constatou que foram realizados saques em dinheiro vivo de mais de R$ 200 milhões em ano eleitoral.

Não se mais discute aqui o fato de que a máquina pública foi manejada em ano eleitoral, com evidente desvio de finalidade. A ampliação e alteração dos projetos, a forma como foram executados de molde a beneficiar eleitores e cabos eleitorais demonstra de forma evidente que o poder de autoridade foi usado em prol da alavancagem da candidatura dos dois primeiros investigados [Castro e Pampolha].
Parecer do MP Eleitoral

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