Moraes manda PGR reavaliar investigação contra Bolsonaro arquivada por Aras
O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou nesta sexta-feira (17) que a PGR (Procuradoria-Geral da República) reavalie se a investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência na Polícia Federal deve ser arquivada.
O que aconteceu
Decisão ocorre um ano e sete meses após a PGR, ainda sob a gestão de Augusto Aras, defender o fim da investigação. Em setembro de 2022, o órgão pediu o arquivamento do inquérito instaurado em 2020 para apurar suposta interferência do então presidente na corporação. Em manifestação enviada ao STF, a vice-procuradora-geral Lindôra Araújo apontou que não havia justa causa para a apresentação de uma denúncia no caso.
Cabe à Corte acatar o pedido da Procuradoria e encerrar a apuração. Moraes, no entanto, não havia analisado o pedido até agora. Desde dezembro, a PGR é comandada por Paulo Gonet, indicado pelo presidente Lula (PT) com apoio de Moraes.
Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República para eventual ratificação da proposta de arquivamento. Despacho do ministro Alexandre de Moraes
A investigação foi instaurada após a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça. Ele deixou o governo acusando Bolsonaro de pressioná-lo a substituir o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, que foi demitido dias antes. Valeixo inicialmente seria substituído por Alexandre Ramagem, nome de confiança de Bolsonaro, mas a nomeação foi suspensa por Moraes. A PF concluiu em março de 2022 que Bolsonaro não cometeu crimes nas supostas interferências que teria feito na instituição.
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