Carlos critica direita em post enigmático ao citar facada em Bolsonaro

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) fez críticas à direita em post enigmático nas redes sociais, ao comentar sobre a conclusão da Polícia Federal de que Adélio Bispo agiu sozinho na facada no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2018.

O que aconteceu

Carlos criticou a "união da direita". "Pedir a opinião da 'união da direta' que não quis unir a direita integralmente contra o sistema em 2022, seria desunir a direita, portanto não perguntarei nada em nome da 'união da direita'", postou o vereador, sem citar a quem estava se referindo.

Romeu Zema (Novo-MG) já foi alvo de críticas dos filhos de Bolsonaro. Em setembro do ano passado, Carlos e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiram a declarações do governador de Minas Gerais interpretadas, à época, como uma forma de se distanciar da imagem do ex-presidente.

Na ocasião, Zema havia defendido a "união da direita". "Atacar a família acontece bastante quando não parecem gostar muito dos seus e acabam usando essa baixeza digna de um malandro com cara de pastel", postou Carlos, em setembro de 2023.

A nova conclusão da PF sobre facada

PF se manifestou pelo arquivamento do inquérito sobre a facada em Bolsonaro. A corporação informou hoje que apresentou o relatório final, atendendo a solicitações do MPF (Ministério Público Federal). A decisão final caberá à Justiça. A corporação disse novamente que Adélio Bispo agiu sozinho.

Esta é pelo menos a terceira vez que a PF chega a essa conclusão. Em setembro de 2018, dias após o atentado em Juiz de Fora (MG), a corporação disse pela primeira vez que Adélio agiu sozinho. A segunda foi em maio de 2020, quando a PF também afirmou que não havia mandante no caso.

Operação realizada nesta terça-feira (11) em Minas Gerais mirou antigo advogado de Adélio. O nome do ex-defensor não foi divulgado. Durante as diligências, foram cumpridos mandados de busca e apreensão para nova análise de equipamentos eletrônicos e documentos. Segundo Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, R$ 200 milhões foram bloqueados e haverá uma investigação sobre lavagem de dinheiro.

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O que disse o diretor-geral da PF

Operação de hoje põe fim em definitivo o caso Adélio Bispo. Comprovamos o vínculo desse advogado com o crime organizado, mas [não há] nenhuma vinculação deste advogado com a tentativa de homicídio ao então candidato. Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF

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