União Brasil sai em defesa de Juscelino e contesta investigação 'parcial'
O presidente nacional do União Brasil, Antonio de Rueda, saiu em defesa do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e questionou a investigação da PF (Polícia Federal) que culminou no indiciamento do político por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O que aconteceu
Em nota, o partido afirma que o caso que gerou a investigação da PF é anterior a sua posse como ministro. Diz ainda que o fato de o inquérito ter sido aberto após sua nomeação levanta dúvidas sobre a parcialidade das apurações.
O presidente do partido diz que o União não aceitará pré-julgamentos contra Juscelino. Rueda afirma que investigações semelhantes já tiveram "condenações injustas" e que, portanto, deve-se respeitar o amplo direito de defesa.
A nota acrescenta ainda que "vazamentos seletivos e descontextualizados" sobre o caso visam a causar "uma instabilidade política que não interessa a ninguém".
O governo federal não se pronunciou oficialmente hoje sobre o indiciamento de Juscelino. Integrantes do União Brasil participam de reunião na tarde desta quarta-feira (12), no Congresso, para tratar do assunto.
O União Brasil reforça seu total apoio ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho, diante do indiciamento por parte da Polícia Federal. Suspeitas são apenas suspeitas, e o partido não vai admitir pré-julgamentos ou condenações antecipadas sobre o ministro. Indiciamento não deve significar culpa, e o princípio da presunção de inocência e o devido processo legal devem ser rigorosamente respeitados.
Antonio de Rueda, presidente do União Brasil
É importante esclarecer que essa investigação não tem relação direta com a atuação de Juscelino Filho como ministro das Comunicações. Curiosamente, ela teve início após sua nomeação para o primeiro escalão do governo federal, o que levanta suspeitas sobre uma possível atuação direcionada e parcial na apuração.
Antonio de Rueda, presidente do União Brasil
O que diz a investigação
Juscelino é investigado por suposto envolvimento em desvios da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). O ministro teria empenhado, ainda como deputado federal, R$ 5 milhões do orçamento secreto na Prefeitura de Vitorino Freire (MA), comandada por sua irmã, Luanna Rezende (União).
Segundo a CGU (Controladoria-Geral da União), apenas a família do ministro é beneficiada pelas emendas parlamentares destinadas por ele. O recurso foi usado para asfaltar uma estrada de terra que passa em frente às fazendas dele e de sua família, onde ele mantém uma pista de pouso.
Em nota, o ministro afirmou hoje que "o indiciamento é uma ação política e previsível". Na avaliação de Juscelino Filho, a investigação "distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito".
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