Inquérito da PF mostra troca de farpas entre advogado de Bolsonaro e Wassef
O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Fabio Wajngarten trocou farpas com Frederick Wassef ao discutir as estratégias de defesa do ex-mandatário no inquérito das joias sauditas. Wassef já foi advogado de Bolsonaro. A conversa entre os dois está no relatório final da Polícia Federal sobre a investigação, tornado público nesta segunda-feira (8).
O que aconteceu
Discussão foi em troca de mensagens no WhatsApp. A conversa começou durante a madrugada de 21 de março de 2023, com uma mensagem enviada por Wassef a Wajngarten. Nela, Wassef mandou o link de uma reportagem da Folha de S.Paulo que dizia que a PF permitiu que a defesa de Bolsonaro tivesse acesso aos autos. Na sequência, o ex-advogado fez um comentário irônico e parabenizou Wajngarten pelo "belo trabalho", sugerindo que ele teria vazado informações da investigação.
Wajngarten disse que não comandava a defesa de Bolsonaro. A resposta do ex-chefe da Secretaria de Comunicação de Bolsonaro veio uma hora e meia depois, por volta das 2h40 da madrugada, com uma reportagem do site Metrópoles. O texto dizia que a defesa de Bolsonaro já estava em posse de joias que seriam devolvidas ao TCU (Tribunal de Contas da União) e que a equipe de advogados era comandada por Paulo Amador da Cunha Bueno. Wassef, então, rebate a resposta e novamente ironiza Wajngarten: 'Parabéns de novo".
Wassef acusou Wajngarten de estar "atirando nas costas". Em outra mensagem, ele diz que o ex-chefe da Secom estava aproveitando a investigação para promover o próprio nome como advogado. "Para o presidente, não é bom que a 'defesa' fique vazando a conta-gotas coisas que não são absolutamente nada, a não ser o andamento de praxe de um inquérito, apenas para gerar matérias desnecessárias apenas para fazer marketing para o nome do advogado", escreveu Wassef.
Enquanto os inimigos e comunistas são unidos e se fortalecem, a direita continua atirando nas costas dos próprios soldados. Mensagem de Frederick Wassef enviada a Fabio Wajngarten
Ex-chefe da Secom disse que Wassef estava "perdido". Ao responder à segunda crítica, Wajngarten enviou uma captura de tela da reportagem que enviou anteriormente, reforçando que não estaria no comando da defesa de Bolsonaro. "E vc como sempre achando que fui eu. Como sempre vc perdido e injusto", escreveu Wajngarten, ao encerrar a discussão.
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