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Sakamoto: Bolsonaro profetizou que poderia ser grampeado por própria equipe

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acabou profetizando em áudio que ele poderia ser grampeado pela própria equipe, afirmou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto durante participação no UOL News 2ª Edição desta segunda-feira (15).

Áudio foi divulgado com suas transcrições após ter sigilo retirado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Gravação mostra conversa de Bolsonaro com Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), para blindar o filho do então presidente, o senador Flavio Bolsonaro.

Eu queria destacar esse momento em que o Bolsonaro fala: 'olha, deixar bem claro, que não estamos buscando o favorecimento de ninguém. A gente nunca sabe se alguém tá gravando alguma coisa'. Jair profeta, desculpa, se ele estava sendo gravado. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

A grande diferença é que ele estava sendo gravado pelo seu best friend forever [melhor amigo]. Para se ter uma ideia do nível, o pessoal desconfia pesadamente do próprio pessoal e está certo ao desconfiar da própria equipe. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Sakamoto classifica o grampo como "violento e ilegal" sem a devida autorização judicial.

Você vai lendo e a história é deliciosa. Desculpa, isso aqui é assunto sério, porque é um absurdo. É um grampo, é o presidente da República sentando com o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, com a advogada, com o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência e, no final das contas, discutindo o que pode ser feito no caso do filho do presidente [Flávio Bolsonaro]. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Um senador que, quando deputado estadual, estava envolvido com rachadinha. Mas o interessante são esses sub-textos presentes dentro desse texto [de transcrições]. O Bolsonaro confiava tanto na equipe que sabia que podia estar sendo grampeado. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Grampo esse que sua equipe fez de uma forma acintosa, massiva, violenta e ilegal, sem decisão judicial respaldando uma série de pessoas, tanto adversários quanto opositores. Nesse caso especificamente está falando de ações, inclusive, contra funcionários públicos por conta do caso envolvendo o filho do presidente. É um absurdo em vários níveis. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

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