Sem regulamentação, acordo entre Poderes não resolve problema das emendas
O acordo entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não irá resolver o problema das "emendas Pix" sem regulamentação, afirmou o colunista Tales Faria no Análise da Notícia desta quarta (21).
O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nota nesta terça-feira (20) em que afirma que os Três Poderes chegaram a um consenso de que as emendas parlamentares serão mantidas, mas deverão "respeitar critérios de transparência, rastreabilidade e correção".
A nota foi divulgada após reunião entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e representantes do governo sobre o impasse em torno do pagamento das emendas parlamentares.
O que vai ocorrer aí é que os deputados vão continuar fazendo como sempre fizeram, vão dar uma enrolada e, como fizeram com o Executivo, vão pressionar: 'Olha, isso aqui tem que ser desse jeito, que se não for desse jeito, não me interessa'. E é o que vai ocorrer. Ou seja, mesmo com resolução, com a melhor que seja, ela tem que ser, ela vai acabar sendo, para o deputado dar um jeitinho e fazer do jeito que queria antes.
Tales destacou que o almoço promovido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, pacificou a relação entre os Três Poderes.
Não vamos ser tão pessimistas, houve algum avanço, houve, deu uma pacificada, vai ter um pouquinho mais de transparência, não conseguiu mexer no montante, não tem como mexer, pelo contrário, pode até aumentar e pronto, serve também para o Supremo, para aquela retaliação que a Câmara estava programando fazer, a Câmara foi dizer: 'Não vamos fazer que a gente já está acertado lá com o Supremo, com o governo, certo?''Tales Faria, colunista do UOL.
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Opinião
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