PSB de Alckmin diverge do PT e chama regime de Maduro de ditadura

O PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, condenou as violações de direitos humanos na Venezuela e chamou Nicolás Maduro de ditador. A posição do partido diverge da nota publicada pelo PT.

O que aconteceu

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, criticou a condução das eleições na Venezuela. "Consideramos esse regime uma ditadura e como tal sabíamos que ele não faria uma eleição livre, transparente e democrática", disse o presidente.

Crítica do partido do vice-presidente Geraldo Alckmin difere da nota divulgada pelo PT na segunda. O Partido dos Trabalhadores divulgou nota dizendo que a eleição Maduro na Venezuela foi "democrática e soberana".

Nem Lula, nem Geraldo Alckmin se posicionaram individualmente sobre o processo eleitoral. O governo brasileiro divulgou uma nota sem parabenizar Maduro e cobrou transparência.

Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolas Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela. Importante que o presidente Nicolas Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais. O PT seguirá vigilante para contribuir, na medida de suas forças, para que os problemas da América Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa.
Nota da Executiva Nacional do PT

Raquel Landim, colunista do UOL, mostrou que a nota causou um racha no partido. Integrantes do PT questionaram a falta de debate na decisão de apoio ao governo chavista e classificaram a nota como precipitada.

Não é a primeira vez que o PSB se posiciona contra o governo venezuelano. O diretório nacional do partido publicou uma resolução em agosto de 2019 saindo do Foro de São Paulo e repudiando as violações de direitos humanos praticadas no país. Na época, o partido manifestou solidariedade ao povo venezuelano e afirmou que o país vivia uma "grave crise humanitária".

O PSB já faz muito tempo aprovou através do seu Diretório Nacional uma decisão unânime de condenação das violações dos direitos humanos perpetradas pelo regime chavista. Consideramos esse regime uma ditadura e como tal sabíamos que ele não faria uma eleição livre, transparente e democrática. Portanto, condenamos mais esse ato autoritário da ditadura venezuelana.
Carlos Siqueira, presidente do PSB

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