Amorim sobre Janja xingando Musk: 'Meu julgamento não seria tão diferente'

O representante especial da Presidência, embaixador Celso Amorim, disse que o xingamento feito pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, contra o bilionário Elon Musk, dono da Tesla e da SpaceX, foi no âmbito do campo pessoal. A declaração de Amorim foi dada durante entrevista concedida ao UOL Entrevista, do Canal UOL.

Acho que é um julgamento pessoal. Aliás, o meu não seria muito diferente. Sou diplomata, sou obrigado a usar palavras suaves.
Celso Amorim

No dia 16 de novembro, a socióloga gerou polêmica internacional ao xingar o magnata com palavrão durante um evento do G20 Social, realizado no Rio de Janeiro. Em meio a uma falha no som, Janja comentou que poderia ser "culpa do Elon Musk" e, na sequência, disse "fuck you, Elon Musk", ao lado do influenciador Felipe Neto. O ato foi interpretado como um ataque direto ao empresário, que deve liderar um departamento no futuro governo de Donald Trump, nos Estados Unidos.

Musk reagiu com ironia nas redes sociais e escreveu mensagem dando a entender que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marido de Janja, perderia a próxima eleição prevista para 2026. "Eles vão perder a próxima eleição."

O episódio gerou mal-estar diplomático e ampla repercussão na mídia internacional — muitos veículos destacaram a já conturbada relação entre Musk e o Brasil, especialmente devido às posições do bilionário em temas como desinformação e liberdade de expressão na plataforma X (antigo Twitter), de sua propriedade.

Lula demonstrou incômodo com a gafe cometida pela mulher. "Eu queria dizer para vocês que essa é uma campanha em que a gente não tem que ofender ninguém, não temos que xingar ninguém."

O papel de Trump no conflito entre Rússia e Ucrânia

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Ainda durante o UOL Entrevista, Amorim disse acreditar que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, será mais efetivo do que o presidente atual, Joe Biden, ao tentar solucionar o conflito entre Rússia e Ucrânia.

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Eu vejo mais possibilidades de solução com o Trump do que com o governo americano [atual], em relação à guerra na Ucrânia, por exemplo. Eu não quero fazer previsões, mas eu acho que o presidente Trump, tem uma visão mais pragmática de como as coisas não só deveriam ser, mas como elas são.

Pode ser pelo motivo que for, não vou entrar num julgamento ético, e eu acho que é essa a compreensão. O que nos interessa é a paz. Claro que não é qualquer paz. Não é uma coisa que seja equilibrada, justa, mas que não desconheça as preocupações de um lado ou de outro.
Celso Amorim

A Rússia invadiu a Ucrânia e deu início a uma guerra em fevereiro de 2022. Milhares de civis já foram mortos em quase três anos de conflito. O presidente russo, Vladimir Putin, e o ucraniano, Volodimir Zelenski, têm trocado acusações publicamente, sem o anúncio de um acordo de paz em vista.

Assista abaixo ao UOL Entrevista na íntegra:

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