Bolsonaro já foi condenado por plano para explodir bombas-relógios no Rio

Nos anos 1980, Jair Bolsonaro foi condenado por unanimidade por um conselho formado por três coronéis, por elaborar um plano para explodir bombas-relógios em unidades militares do Rio de Janeiro. Ele foi absolvido após entrar com recurso no STM (Superior Tribunal Militar).

O que aconteceu

Acusações de elaborar plano com bombas. Uma publicação da revista Veja de 1987 acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro, então militar, e um outro oficial de elaborar um plano para explodir bombas-relógios em unidades militares do Rio de Janeiro.

Ex-presidente negou autoria, mas perícia confirmou. A revista divulgou esboços atribuídos a Bolsonaro como uma das evidências do plano. Ele negou a autoria e citou que dois exames grafotécnicos (que analisam a autenticidade de assinaturas e documentos) tiveram resultados inconclusivos. A perícia da Polícia Federal, no entanto, concluiu que as anotações eram dele.

Condenado e depois absolvido. Por causa do plano exposto pela Veja, Bolsonaro foi condenado por unanimidade por um conselho formado por três coronéis. Ele acabou absolvido ao entrar com recurso, acolhido por ministros do STM, por oito votos a quatro.

Prisão de 15 dias em 1986. Um ano antes da publicação, Jair Bolsonaro escreveu, sem consultar os superiores, um artigo para a revista Veja em que pedia aumento salarial para a tropa. Ele foi punido por "ter ferido a ética, gerando clima de inquietação na organização militar" e "por ter sido indiscreto na abordagem de assuntos de caráter oficial, comprometendo a disciplina".

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