Bilenky: Gleisi reforça estigma de governo gastador visto pelo mercado
A indicação da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-SP) a um dos ministérios do governo Lula (PT) reforça o estigma de uma gestão gastadora visto pelo mercado financeiro, opinou a colunista Thais Bilenky no UOL News, do Canal UOL, nesta quinta-feira (30).
A Gleisi personifica o que o mercado, de modo geral, nem entende como um governo gastador, um governo intervencionista e tal. As posições dela na economia reforçam esse estigma que o mercado coloca no Lula no PT e no governo. Thais Bilenky, colunista do UOL
O presidente teria decidido ao menos uma das mudanças que deve fazer no seu ministério, com a entrada da atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Márcio Macêdo. O cargo compõe o quarteto dos ministros do Palácio do Planalto, que tem livre acesso ao presidente.
Gleisi é uma das pessoas que tem feito duras críticas a medidas tomadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a contenção de gastos.
Ao Canal UOL, Thais disse que a indicação de Gleisi pode acarretar outras mudanças.
E também há o aspecto do gênero... Gleisi Hoffman assumindo uma posição no Palácio do Planalto, libera o Lula para, eventualmente, trocar alguma ministra mulher do seu cargo público. A gente sabe que a dança das cadeiras é bastante complexa, né? Você tem que pensar em cinco jogadas à frente.
Certamente, [essa mudança será] o primeiro passo, a primeira mudança da reforma, uma mudança ministerial e um estilo, para se dizer, da segunda metade do governo Lula. Thais Bilenky, colunista do UOL
Mais cedo, o presidente elogiou Gleisi, mas não confirmou (nem negou) a informação sobre a entrada dela em seu governo.
Sakamoto: 'Lula evitou sair na mão com mercado financeiro'
No UOL News, o colunista Leonardo Sakamoto avaliou o petista evitou sair na mão com mercado financeiro durante a entrevista coletiva e, com isso, realinha o seu discurso para as eleições de 2026.
Na minha avaliação, pelo menos até agora o que a gente assistiu, o Lula mudou o tom, evitou brigas com o mercado e deu uma entrevista que não é uma entrevista, digamos, eleitoral, não eleitoreira. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Esta foi a primeira entrevista do mandatário concedida aos repórteres, no Palácio do Planalto, em Brasília, desde que trocou o comando da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República). O publicitário Sidônio Palmeira assumiu o lugar do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
Josias: Lula precisa assumir que Campos Netto é bode expiatório'
No UOL News, Josias observou que Lula também precisa admitir que Roberto Campos Netto, ex-presidente do Banco Central, virou bode expiatório gasto.
O Lula e a cúpula do PT agora atribuem [o aumento da taxa de juros], remanescente na gestão do Gabriel Galípolo [atual presidente do BC] a uma herança da gestão de Campos Neto. Isso não é bem assim. Josias de Souza, colunista do UOL
Nesta quinta, Lula defendeu Galípolo, indicado por ele ao cargo, após o aumento da taxa básica de juros para 13,25% ao ano na última quarta (29). O presidente era um grande crítico do ex-presidente Roberto Campos Netto e o acusava de boicote por ter sido indicado e ter boa relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O aumento da taxa de juros encarece principalmente o crédito e os serviços financeiros. Ou seja, fica mais alto o custo dos empréstimos pessoais e para empresas, dos financiamentos imobiliários e para a compra de veículos.
Assista ao trecho do vídeo abaixo
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30 comentários
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Domingos Spinelli
Lula e Gleisi, como de resto a patota petista, são um câncer na vida do nosso país. Fico imaginando o que ele e a "amante" falariam ontem se o presidente do BC fosse Campos Neto. Mas como o aumento foi unânime, inclusive com votos dos diretores lá colocados por eles, se calam. Ou melhor, falam que é herança maldita do Campos Neto. Herança pra lá de maldita pegará o próximo presidente, que se Deus quiser será uma pessoa preparada, equilibrada, pragmática na economia e preocupada (efetivamente) com o social. Basta de embusteiros como Lula e o inelegível.
Carlos Bittencourt
Fica difícil assim, a deputada é vista como uma petista mais radical e arrogante, não será bem aceita pela população de um modo geral. Será do agrado apenas daqueles defensores do governo e do PT, independente do que façam.
Jefferson Pereira
A incompetência do governo e o compadrio com seus correligionários é fato !! Esse governo está acabando com o Brasil !!!