Fadiga crônica é uma doença biológica, não psicológica
A fadiga crônica é uma doença biológica e não psicológica, que pode ser identificada por marcadores no sangue - segundo um estudo publicado nesta sexta-feira (27) que alimenta as esperanças de descoberta de tratamento.
A descoberta é "a primeira prova física sólida" de que esta síndrome é "uma doença biológica e não uma desordem psicológica" e que a enfermidade comporta "distintas etapas", afirmam os autores da pesquisa realizada pela Escola Mailman de Saúde Pública, na universidade de Columbia.
O estudo foi publicado na revista especializada Science Advances.
Sem causa nem tratamento conhecidos, a síndrome da fadiga crônica, conhecida como encefalomielitis (ME/CFS), deixa os cientistas perplexos há tempos.
Além de um cansaço constante, provoca dores de cabeça e musculares e dificuldades para se concentrar.
"Agora temos a confirmação de algo que milhões de pessoas que sofrem com a doença já sabiam: a ME/CFS não é psicológica", afirma Mady Hornig, professor associado em epidemiologia da Escola Mailman e principal autor do estudo.
"Nossos resultados devem acelerar o processo para estabelecer um diagnóstico (...) e descobrir novos tratamentos, já que pode se concentrar nesses marcadores sanguíneos", acrescentou.
Os pesquisadores examinaram os níveis de 51 marcadores do sistema imunológico no plasma de 298 pacientes e 348 pessoas saudáveis.
Descobriram que o sangue dos pacientes que sofrem de fadiga crônica há três anos ou menos apresentavam níveis mais elevados de moléculas chamadas citoquinas, o que não ocorre com quem não tem a doença.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.