MPE-SP questiona Doria e Covas sobre motivos para não adotarem lockdown total
A nova escalada da pandemia de covid-19 em São Paulo levou o Ministério Público do Estado a questionar o governo estadual e a prefeitura da capital sobre os critérios estabelecidos para não adotarem lockdown total.
Em ofícios enviados ao secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, ao secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, e ao prefeito Bruno Covas (PSDB), a promotora Dora Martin Strilicherk pede esclarecimentos sobre as iniciativas implementadas para monitorar o cumprimento das restrições impostas no plano de combate ao novo coronavírus.
A promotora demonstra preocupação com o contágio no transporte público e também questiona a gestão João Doria (PSDB) sobre a articulação entra as Secretarias de Saúde e Segurança Pública para apoio da Polícia Militar na fiscalização das medidas de restrição às atividades não essenciais e de lazer.
Nos documentos, Dora diz que o índice de isolamento ainda não é suficiente para a redução das taxas de contaminação e ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria. Hospitais do Estado já entraram em colapso e a capital registrou nesta quinta-feira, 18, a primeira morte na fila por vaga de internação. Quando considerado todo o Estado de São Paulo, foram 90 óbitos este mês, segundo levantamento feito pelo Estadão.
Mais cedo, Covas anunciou que a cidade de São Paulo vai antecipar feriados para reduzir a circulação de pessoas e alterar os horários do rodízio de veículos tentativa de diminuir a pressão sobre o transporte público. Já Doria informou, na segunda, que vai abrir um novo hospital de campanha dedicado aos pacientes da covid-19, com 50 leitos de UTI e outros 130 de enfermaria.
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