Dicas ajudam a evitar exageros no consumo de chocolate
Todo mundo já sabe que o chocolate, principalmente o amargo, traz benefícios à saúde. Mas sabe, também, que exagerar na guloseima não faz bem e engorda. O problema é controlar o impulso de comer o ovo de Páscoa inteiro.
Segundo especialistas, o ideal é consumir só 30 gramas do alimento por dia para que os malefícios do chocolate (excesso de gordura, açúcar e calorias) não superem os benefícios. O cacau contém compostos fenólicos, que têm ação antioxidante, anti-inflamatória e vasodilatadora. Em outras palavras, ajuda a proteger a saúde cardiovascular.
"O chocolate deve ser consumido preferencialmente após a refeição", ensina a nutricionista Rosângela Teodorovicz, do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba. Isso, segundo ela, evita os picos no nível de glicose (açúcar) no sangue que ocorrem quando a guloseima é consumida sozinha no meio da tarde, por exemplo. Quando a glicose sobe muito rápido, ela tende a cair bruscamente, levando a pessoa a sentir vontade de comer mais e mais.
Outro conselho da especialista é observar a qualidade do produto. "Os muito baratos em geral são feitos a partir de gordura hidrogenada e são ricos em gordura trans, que é prejudicial", justifica. E o ideal, mesmo, é investir nas versões amargo ou meio amargo - são esses, e não os produtos "ao leite", que trazem todos os benefícios sobre os quais você ouve falar.
Se você não sabia das "maravilhas" do chocolate, aí vai: estudos recentes mostram que o consumo moderado de produtos com alto teor de cacau reduz o risco de sofrer infarto, ajuda a baixar a pressão e até pode ajudar a emagrecer. E quanto mais amargo for o produto, melhor.
A nutricionista lembra que o chocolate diet deve ser consumido só por diabéticos e, mesmo assim, com muita moderação, já que têm mais gordura e calorias que as versões comuns. Também é melhor deixar o branco de lado: ele também possui mais gordura, além de não ter as vantagens do chocolate escuro. Por último, lembre-se que os recheados são sempre mais gordurosos.
Quer mais dicas? Não mantenha estoques de chocolates ou ovos de Páscoa em casa. E não os deixe à vista, assim fica mais fácil resistir à tentação de pegar um bombom ou quebrar um pedaço toda vez que passar perto das guloseimas.
Crianças
Para crianças, as restrições ao chocolate devem ser ainda maiores. Teodorovicz ensina que a guloseima não deve ser oferecida no 1º ano de vida. Até os 2 anos, se não for possível evitar, o ideal é restringir a 10 gramas, ou uma colher pequena do alimento.
Dos 2 ao 5, o ideal é limitar a quantidade em 20 gramas. "Mas claro que comer um pouquinho mais no dia da Páscoa não vai trazer problemas", comenta. A não ser, claro, que a criança tenha alguma alergia ou intolerância, o que pode resultar em diarreias, dores abdominais e outros sintomas.
A nutricionista Glauce Hiromi Yonamine, do programa “Meu Pratinho Saudável” (parceria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP com a LatinMed Editora), diz que um ovo de Páscoa de 100 gramas deve durar dez dias para uma criança que for consumir o doce todo dia.
Para que os pequenos não passem dos limites, a dica é oferecer apenas uma porção de chocolate, não o ovo inteiro. A especialista também diz que é importante ensinar a criança a saborear o chocolate: comer devagar, sentindo o sabor, e não diante da TV ou do videogame.
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