Ebola mata mais de 120 agentes de saúde na África ocidental e preocupa OMS
O surto de ebola na África ocidental, além de ser considerado o pior da história, atingiu o maior número de agentes de saúde que se tem notícia. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 240 profissionais entre médicos, enfermeiros e auxiliares foram infectados e mais de 120 morreram. “É um número sem precedentes”, informou a OMS nesta terça-feira (26).
A OMS enviou cerca de 400 pessoas de seu pessoal próprio e de organizações parceiras para combater o surto de ebola na Libéria, Guiné e Serra Leoa . A entidade disse no domingo (24) que um trabalhador estrangeiro enviado para Serra Leoa havia sido infectado.
Nigéria e Congo também apresentam casos da doença. Desde fevereiro, o ebola matou mais de 1.400 pessoas na África ocidental.
Segundo a OMS, a falta de equipamento de proteção pessoal, isto é, capotes impermeáveis, luvas, óculos de proteção, e de condições melhores de trabalho são fatores da alta incidência da doença entre os profissionais. A baixa no corpo médico priva ainda mais a chance de melhorar a assistência médica nessas regiões já carentes de infraestrutura, diz a OMS.
Segundo a organização, o surto apresentado nesses países em 2014 é diferente dos anteriores por também atingir as capitais desses países, não somente áreas rurais remotas, aumentando a chance de casos não diagnosticados terem contato com as equipes médicas.
Há ainda o agravante de essas regiões viverem surtos de outras doenças como a febre tifoide e a febre hemorrágica Lassa, com sintomas iniciais semelhantes ao ebola.
Nestes casos, os médicos e enfermeiros podem ver nenhuma razão para suspeitar de ebola e não se protegerem como o recomendado.
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