Primeiro caso de ebola nos EUA é de liberiano com idade perto dos 40 anos
A identidade do homem infectado pelo vírus ebola, que se tornou o primeiro caso dentro dos Estados Unidos, foi revelada pelo governo da Libéria. Thomas Eric Duncan, vive em Monróvia, capital da Libéria, e tem idade próxima de 40 anos. As informações são do jornal "The New York Times".
Duncan foi internado em uma unidade de isolamento do Hospital Presbiteriano do Texas, em Dallas, no domingo (28), mas havia ido ao hospital na sexta-feira (26) e liberado após ser medicado com antibióticos. Ele retornou dois dias depois e desde então está isolado e em estado grave, segundo o hospital.
Segundo o governo liberiano, Duncan, a primeira pessoa a desenvolver sintomas fora da África durante a epidemia atual, teve contato direto com uma mulher infectada pelo ebola em 15 de setembro, apenas quatro dias antes de deixar a Libéria para os Estados Unidos, segundo vizinhos dele.
Duncan teria ajudado uma mulher que passara mal em Monróvia, levando-a de táxi ao hospital em 15 de setembro, depois de não conseguir uma ambulância para transportá-la, e carregando-a quando chegou ao hospital.
A mulher era Marthalene Williams, 19, que estava grávida de sete meses e convulsionava. A mulher foi levada de volta para casa no mesmo dia e morreu horas depois.
O governo da Libéria confirmou dias depois que Duncan tinha embarcado para Dallas e que era o mesmo que tinha sido diagnosticado com ebola nos EUA.
"Ele estava segurando-a pelas pernas, o pai estava segurando seus braços e o irmão estava segurando-a pelas costas", disse Arren Seyou, 31, que testemunhou a cena.
O irmão da mulher, Sonny Boy, 21, também começou a ficar doente uma semana atrás, disse sua família, no mesmo período que Duncan começou a mostrar sintomas. Dias depois Sonny Boy morreu no caminho para o hospital.
Nos últimos dois anos, Duncan vivia sozinho em um pequeno quarto que ele alugou da família Williams em Monróvia. Ele havia dito aos vizinhos que seu filho vivia nos Estados Unidos, e estava tentando convencê-lo a ir ao país.
No ano passado, Duncan havia trabalhado como motorista no Safeway Cargo, o agente aduaneiro liberiano da FedEx, disse Henry Brunson, gerente da empresa.
O governador do Texas, Rick Perry, afirmou hoje que Duncan teve contato com crianças em idade escolar antes de ser confinado. As crianças já foram identificadas e estão em observação em suas casas.
O número de mortos no pior surto de ebola já registrado chegou a 3.338 pessoas, em 7.178 casos na África Ocidental até 28 de setembro, informou a Organização Mundial da Saúde nesta quarta-feira (30). Libéria, Guiné, Serra Leoa vivem surtos da doença, que já chegou também na Nigéria, país mais populoso da África.
EUA prometem evitar disseminação da doença
"Eu não tenho dúvida de que vamos controlar este caso de ebola para que ele não se espalhe amplamente neste país", disse.
O diretor do CDC enfatizou que o paciente não estava doente no momento da partida da Libéria ou no momento da chegada aos EUA, já que o vírus só pode ser transmitido por alguém que apresente sintomas da doença. Por isso, ele afirmou que não há risco de o vírus ter se espalhado no avião.
"Há risco zero de transmissão no voo", disse Frieden. "Ele estava marcada para a febre antes de embarcar no voo."
Frieden disse que familiares e amigos do homem infectado, assim como os funcionários de saúde que o trataram primeiramente, estão sendo monitorados.
Hospitais dos EUA receberam cinco infectados
Outros quatro americanos foram infectados pelo ebola na África e repatriados para receberem tratamento.
Um médico americano que trabalhava como voluntário em Serra Leoa foi internado para tratamento de uma unidade de isolamento do Instituto Nacional de Saúde, em Bethesda, Maryland, no domingo (28).
O Hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, recebeu um médico americano infectado com o vírus na mesma unidade de isolamento onde os missionários Nancy Writebol e Dr. Kent Brantly foram tratados em agosto. Os três já receberam alta e estão clinicamente curados. Mas devem passar por exames e serem observados no futuro.
(Com jornais internacionais)
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