Nordeste registra 40% das desistências no programa Mais Médicos
O Nordeste concentra cerca de 40% das 1.052 desistências do programa Mais Médicos, mostra levantamento do UOL com base em dados do Ministério da Saúde.
No fim do ano passado, 8.517 médicos cubanos deixaram o programa, e o governo havia informado que todas as vagas haviam sido preenchidas por brasileiros.
Mas três meses depois da reposição das vagas, 15% dos profissionais desistiram dos contratos, que oferecem salário de R$ 11.800. E 408 dessas desistências se deram na região Nordeste - sobretudo na Bahia.
Para efeito de comparação, o Nordeste concentra 33% das vagas deixadas pelos cubanos.
Desistências no Mais Médicos:
- Bahia: 117 médicos
- Maranhão: 63
- Ceará: 56
- Pernambuco: 56
- Piauí: 28
- Alagoas: 28
- Paraíba: 27
- Rio Grande do Norte: 19
- Sergipe: 14
A segunda região mais afetada pela ausência de médicos do programa é a Sudeste, com 342 desistências - ou 32,5% do total dos postos abandonados.
- São Paulo: 181 médicos desistentes
- Minas Gerais: 105
- Espírito Santos: 38
- Rio de Janeiro: 18
Entre as cidades do Sudeste, as que mais tiveram baixas foram a capital paulistana (19) e Cachoeiro do Itapemirim (8), no sul do Espírito Santo.
Divinópolis (MG), Jacareí (SP), São José dos Campos, São Carlos, Matão (SP), Jandira (SP), Serra (ES) e Brasília (DF) também registraram cinco ou mais desistências.
Segundo a pasta, apesar dos 1.056 médicos que não atuam mais nas unidades de saúde, 1.397 brasileiros formados no exterior começaram a trabalhar na última semana.
Médicos recém-formados
No fim do ano passado, o UOL acompanhou o início de médicos brasileiros em alguns bairros da Grande São Paulo. Muitos deles, recém-formados em medicina.
Era o caso da médica Larissa Corvelloni. Ela dizia que muitos de seus colegas se inscreveram no Mais Médicos na reta final da faculdade, mas que os planos de médio prazo eram outro: cursar residência e se especializar.
"É comum que boa parte dos médicos queira atuar em áreas específicas, em grandes hospitais, até porque o curso de medicina é ainda muito elitista. E é um ambiente muito diferente dos postos de saúde, das áreas mais pobres", argumentou Corvelloni à época.
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