Ministro da Saúde condena barrar entrada de pessoas vindas da China
O ministro da Saúde, Luiz Mandetta (DEM), reprovou medida tomada por países como os Estados Unidos de barrar visitantes que passaram pela China como forma de evitar a propagação com o coronavírus. Em entrevista nesta segunda-feira (3), ele disse que essa iniciativa é "quesitonável" e "inócua". Além disso, ele elogiou as medidas tomadas pelo Ministério da da Saúde da China.
"É totalmente inócuo isso", afirmou Mandetta. "Não existe isso. Não existe um escudo protetor. A gente olha e não consegue nem enxergar o por quê."
"O Brasil teria que se fechar para o mundo. Essas medidas parecem inócuas." O fluxo de pessoas vindas da China não teria como ser barrado até porque existem inúmeras escalas de aeroportos quando uma pessoa deixa o país e vem à América Latina. "A conectividade dos países é múltipla. Essas pessoas que falam em fechar fronteira... é questionável."
Mandetta disse que a preparação para o Carnaval será de monitoramento com "máximo de alerta" para portos e aeroportos. Mas destacou que essa é "a maior festa". "É a maior festa brasileira A gente espera que seja um Carnaval bem saudável."
O Brasil tem 14 casos suspeitos de coronavírus e outros 13 foram descartados, de acordo com balanço do Ministério da Saúde atualizado até 16h desta segunda-feira (3). A doença tem seu epicentro na cidade de Wuhan, na China, mas o governo brasileiro prepara o envio de um avião para resgatar brasileiros que estão em quarentena naquele local.
Nenhum caso foi confirmado
Mandetta afirmou que o Brasil vai reconhecer estado de emergência sanitária para facilitar a contratação de aeronaves, equipes médicas e insumos para trazer os brasileiros que estão em território chinês.
Hoje, ele disse que não existe motivo para pânico.
"A probabilidade de você contrair dengue no Brasil e falecer é infinitamente maior do que coronavírus", afirmou.
E recomendou que as pessoas intensifiquem a higiene pessoal para evitar o coronavírus e outras doenças respiratórias: "Temos que ter o hábito de lavar as mãos muito mais vezes."
Mandetta comentou que a Medida Provisória vai tratar da proliferação do coronavírus, mas servirá para vários problemas semelhantes que eventualmente se repitam no futuro.
"A gente tem que aprender com o que está acontecendo e se precaver", disse o ministro da Saúde. "Isso aconteceu na China, poderia ter acontecido no Brasil e em qualquer lugar no mundo."
O ministro também alega que uma possível contaminação na Venezuela, país que passa por crise político-econômica, causaria fuga de estrangeiros para o Brasil. "O sistema de saúde da Venezuela acabou, não tem remédio, não tem nada", iniciou Mandetta. "Vai sair correndo a Venezuela inteira para o Brasil, a Colômbia e o mundo inteiro."
Mandetta também elogiou o ministro da Saúde da China. "É uma pessoa extremamente técnica. Já mandei uma carta para ele", afirmou, ao responder a uma pergunta de um jornalista chinês.
"Acho que a China tomou as medidas de contenção mais incisivas. Já desenvolveram o teste rápido. Deixa de ser um problema da China e passa a ser um problema mundial."
Por fim, ele reclamou da proliferação de boatos por meio de redes sociais e telefones celulares.
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