Coronavírus chega a 6 países da Europa e abala mercado financeiro nos EUA
Além de colocar a Itália em alerta, o novo coronavírus já provoca mortes em mais países da Europa. Além disso, o mercado nos Estados Unidos já dá asinais de preocupação no outro lado do Atlântico, com queda na Bolsa de Nova York.
Mais quatro pessoas infectadas com o coronavírus morreram no norte da Itália. Com um total de 11 mortos e 322 infectados, a Itália já é o terceiro país com mais casos de covid-19 no mundo, atrás da Coreia do Sul e China.
O chefe da agência de Proteção Civil, Angelo Borrelli, disse a jornalistas que pelo menos três dos mortos já tinham 80 anos e eram da região mais afetada, a Lombardia. Ele acrescentou que o número de casos confirmados aumentou para 322, a grande maioria deles no norte do país.
Agora, a Itália só tem menos infectados do que a China Continental, com mais de 80 mil infectados e 2.663 mortos, e a Coreia do Sul, com 977 doentes e também 10 mortos.
Europa
Na França, mais duas pessoas foram infectadas com o coronavírus. Um francês retornando de uma viagem à região da Lombardia, na Itália, e uma jovem chinesa retornando à França após uma viagem à China, disseram hoje as autoridades.
As duas novas infecções elevam o número total de pessoas infectadas na França para 14. Uma dessas 14 pessoas morreu e 11 foram curadas e deixaram o hospital.
A Suíça também confirmou seu primeiro caso de coronavírus. O doente é um homem de 70 anos do cantão de Ticino, no sul da Suíça, que faz fronteira com a Itália. O paciente apresentou resultados positivos depois de voltar de uma viagem a Milão.
O vírus também chegou à Espanha, Áustria e Alemanha — hoje, autoridades confirmaram o primeiro caso de coronavírus no estado alemão de Baden-Wuerttemberg, no sul do país. Segundo o ministério da Saúde alemão, o homem de 25 anos que testou positivo para a doença foi infectado durante uma visita à Itália.
Na Itália, os casos explodiram de uma hora para outra. Até a última sexta-feira (21), havia apenas três contágios registrados.
Hoje, os ministros da Saúde dos países vizinhos se comprometeram a manter as fronteiras abertas apesar do surto na Itália, garantiu o ministro italiano da Saúde, Roberto Speranza.
Os ministros consideram o fechamento de fronteiras algo "ineficaz e desproporcional", disse Speranza, após reunião com seus colegas da França, Suíça, Áustria, Eslovênia, Croácia, Alemanha e um representante da União Europeia.
Os croatas concordaram em manter as fronteiras abertas embora tenham confirmado hoje a primeira infecção pelo coronavírus, justamente um homem que havia estado em Milão, capital da Lombardia e centro financeiro da Itália.
Nos EUA, coronavírus derruba bolsa
Nos Estados Unidos, o CDC (sigla em inglês para Centro de Controle e Prevenção de Doenças), alertou hoje que o país deve se preparar para evitar o contágio dentro do país, uma vez que a epidemia está se espalhando pelo mundo.
À medida que mais e mais países experimentam contágio em seus territórios, a contenção da doença em nossas fronteiras será cada vez mais difícil", disse Nancy Messonnier, diretora do CDC.
O temor de uma pandemia global impeliu a Casa Branca requisitar US$ 2,5 bilhões ao Congresso para uma resposta emergencial à epidemia. O pedido foi considerado "completamente inadequado" pela presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi.
A apreensão tomou conta de Wall Street após o mercado fechar mais uma vez em queda devido a epidemia de covid-19. Por volta das 15h45 de Brasília, o índice havia recuado 570 pontos, correspondente a uma queda de 2%. O S&P 500 caiu 1,9%, enquanto o índice Nasdaq Composite perdeu 1,7%.
*Com Reuters e AFP
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