Itália fechará escolas de todo o país para conter novo coronavírus
O governo da Itália determinou hoje, em meio a um crescente número de casos do novo coronavírus no país, o fechamento de todas as escolas e universidades do país até o meio de março. "Não foi uma decisão simples para o governo. Decidimos suspender as atividades de ensino de amanhã até 15 de março", anunciou a ministra da Educação, Lucia Azzolina.
A medida será válida a partir desta quinta-feira e foi tomada pelo primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, durante conselho de ministros em Roma.
"No momento, estamos focados em adotar todas as medidas diretas de contenção do vírus ou em retardar sua propagação, porque o sistema de saúde, por mais eficiente e excelente que seja, provavelmente ficará sobrecarregado, em particular a terapia intensiva", explicou o premiê italiano.
A decisão foi divulgada minutos depois de a Defesa Civil do país informar o novo balanço de vítimas causadas pelo novo coronavírus. Ao todo, 107 pessoas morreram e 3.089 casos de contaminação foram registrados.
"Estamos nos movendo com a máxima rapidez e determinação para proteger os funcionários públicos e privados", afirmou a vice-ministra da Economia, Laura Castelli.
No momento, as escolas estão fechadas no norte do país, onde um surto do vírus causou a morte de 79 pessoas, segundo dados de ontem.
Segundo Castelli, o governo também está "definindo um regulamento que prevê a possibilidade de um dos pais [dos alunos], em caso de fechamento da escola, ficar ausente do trabalho para cuidar dos filhos".
"Sabemos que o fechamento de escolas envolve a necessidade de reorganizar a vida familiar. Já propus medidas de apoio e ajuda às famílias: apoio financeiro para custos de assistência à infância e extensão da licença parental. Devemos prestar atenção especial às famílias dos profissionais de saúde mobilizados para atender toda a população. Estou certo de que poderemos colocar em jogo o rigor e a seriedade", acrescentou a ministra da Família, Elena Bonetti.
Feira de vinhos é adiada
A Vinitaly, maior feira de vinhos da Itália e que aconteceria entre 19 e 22 de abril, em Verona, foi adiada para 14 a 17 de junho por conta da epidemia do novo coronavírus. A edição de 2019 da Vinitaly recebeu 125 mil visitantes de 145 países.
Vêneto, onde fica Verona, é a terceira região com mais casos (307), atrás da Lombardia (1.520) e da Emilia-Romagna (420).
A epidemia já fez companhias aéreas do mundo inteiro, como American Airlines e Latam, cancelarem voos para Milão. Além disso, a Itália suspendeu todas as rotas aéreas com a China, que representa um dos principais públicos da Vinitaly.
* Com informações da Reuters e Ansa
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