Ministro da Saúde diz que Brasil não irá criar vacina contra o coronavírus
Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, disse em entrevista ao Valor Econômico que o Brasil irá preparar a infraestrutura necessária para a produção e distribuição das vacinas e remédios para o coronavírus, mas que não participará da criação da vacina.
Segundo Mandetta, há uma disputa geopolítica para desenvolver e produzir um retroviral para combater a covid-19. "Essa corrida o mundo todo está envolvido. O Banco Mundial liberou US$ 12 bilhões, os Estados Unidos liberaram US$ 9 bilhões, a comunidade europeia mais alguns bilhões de dólares".
Para o ministro da Saúde, a saída para o Brasil seria não competir com grandes laboratórios farmacêuticos que buscam criar uma vacina para o coronavírus, mas sim esperar que algum laboratório crie e o país produza e distribua a quantidade necessária à população.
"Nós temos que estar prontos e fazer pesquisa para saber: qual é o vírus, qual é a cepa que está andando aqui, mapear geneticamente, organizar o perfil biológico do brasileiro para saber como nós respondemos a isso, fazer as pesquisas de fundo e preparar o nosso parque tecnológico para que, na hora que você identificar que existe a possibilidade de vacina, termos a capacidade de produzir".
Ao ser questionado sobre a capacidade do país de produzir vacinas, Mandetta lembrou que o Instituto Butantan irá entregar 72 milhões de vacina da gripe para a campanha de 2020 e o Instituto também está no processo final para a criação de vacina contra a dengue.
A expectativa do governo é aumentar o número de casos de coronavírus no país. Com a aproximação do inverno e uma possível preocupação do Governo, o Mandetta disse na entrevista: "Olha a quantidade de santos que eu tenho ali. Tudo vale. Cada um luta com a arma que tem. Estou torcendo para chegar aqui e um solzão deste derreter ele [o coronavírus]".
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