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Pelo menos 6 milhões de paulistanos devem ficar em casa, diz prefeito

Movimentação de passageiros usando máscaras e luvas para proteção contra a covid-19 na saída da estação Butantã, do Metrô em São Paulo  - Ronaldo Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo
Movimentação de passageiros usando máscaras e luvas para proteção contra a covid-19 na saída da estação Butantã, do Metrô em São Paulo Imagem: Ronaldo Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

19/03/2020 10h28

Em entrevista concedida nesta manhã ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse que a disseminação do novo coronavírus na capital paulista só poderá ser contida se pelo menos 6 em cada 10 paulistanos permanecerem em casa, o que daria ao menos 6 milhões de pessoas, segundo ele.

"São medidas duras, não tenho a menor dúvida, mas necessárias nesse momento que a determinação da vigilância sanitária segue as normas da OMS [Organização Mundial da Saúde], que é evitar a circulação de pelo menos 60% da população aqui da cidade de São Paulo, que é um número que as estatísticas mostram que precisa ser adotado para evitar a disseminação do vírus", disse.

Avaliando o quanto as pessoas tem seguido as orientação da OMS e ficado em casa, Bruno Covas citou os dados de trânsito e de frequência escolar nas escolas municipais da capital paulista.

"Veja bem: hoje pela manhã, o dado que a gente tem de monitoramento de trânsito costuma ser em média entre 25 e 50 km, e hoje a gente tinha 2 km de congestionamento", disse.

"As pessoas já estão se adaptando a essa nova realidade nessa semana em que as escolas municipais, por exemplo, estavam se organizando para fechar a partir da segunda-feira que vem (23) e na segunda-feira passada (16) apenas 50% das crianças foram para as escolas e na terça-feira (17) apenas 30%, ou seja, e os pais e as mães estão se organizando para permanecer em casa", completou.

Na tarde de ontem, Covas assinou um decreto que restringe a partir de amanhã o atendimento presencial no comércio até o dia 5 de abril. Apenas estabelecimentos que cumpram a função de abastecimento, como mercados, farmácias e postos de gasolina, e alimentação, como lanchonetes e restaurantes, poderão estar abertos.

Sobre a medida, o prefeito disse que o comércio "pode continuar atendendo por telefone, por aplicativo, pela internet, por serviço de entrega, enfim, eles podem permanecer funcionando, só não pode ter atendimento presencial".