Coronavírus: com 206 mortes nas últimas 24 horas, Brasil tem 2.347 óbitos
Resumo da notícia
- Já são 36.599 pessoas infectadas no país, com 2.917 casos novos
- A taxa de letalidade, relação entre casos confirmados e mortes, é de 6,4%
- Com 991 mortes, São Paulo acumula 42% dos óbitos no país
O Ministério da Saúde anunciou, hoje (18), que subiu para 2.347 o número de mortes em decorrência do novo coronavírus no Brasil. Nas últimas 24 horas, foram registrados 206 novos óbitos.
No total, já são 36.599 casos de pessoas infectadas pela covid-19 no país, com 2.917 casos novos. A taxa de letalidade, percentual de mortes em relação aos casos confirmados de pacientes contaminados, é de 6,4%.
Em um primeiro momento, o Ministério da Saúde divulgou o número de óbitos com erro, com cinco casos a mais. Em seguida, corrigiu a informação.
O anúncio de hoje, no entanto, não significa necessariamente que 206 pessoas morreram nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde tem somado ao balanço diário mortes ocorridas dias atrás, mas com confirmação de covid-19 no último dia.
No ranking dos estados, São Paulo é o que mais registrou casos e mortes em decorrência da covid-19. Com 991 mortes, acumula 42% dos óbitos no país. São Paulo também é o estado com mais casos de pessoas infectadas: 13.894, que representam 38% do total registrado no país.
No Rio de Janeiro, já foram 387 mortes e 4.543 pessoas com a covid-19. Pernambuco é o terceiro estado com mais mortes, com 205 óbitos e 2.193 infectados.
A região com mais casos confirmados de coronavírus é a Sudeste, com 20.466. Na sequência estão Nordeste (8.507), Norte (3.416); Sul (2.738); e Centro-Oeste (1.472).
Mas os números de mortes podem ser bem mais expressivos. A pedido do UOL, o Observatório Covid-19 BR elaborou um estudo, que apontou que o país pode ter ao menos o dobro de mortes em comparação aos números oficiais divulgados pelo governo federal.
O grupo, que reúne pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras, chegou a calcular que, em um cenário mais pessimista, o número pode ser até nove vezes acima do dado oficial.
O levantamento levou em conta a demora entre as ocorrências das mortes e a entrada delas nas estatísticas do governo. Para fazer a análise, o grupo levou em consideração os dados disponibilizados em 13 dias, entre 29 de março e 15 de abril. O estudo observou as atualizações de mortes em cada dia.
Ao menos 1.214 mortes suspeitas em análise
Até a quinta-feira (16), ao menos outras 1.214 mortes eram tratadas como suspeitas de infecção pelo novo coronavírus e estavam na fila de análise dos testes para detecção da covid-19 em 12 estados. Ainda sob investigação, esses óbitos equivalem a mais da metade das 2.141 mortes contabilizadas pelo governo federal como causadas pela doença.
Segundo Paulo Menezes, coordenador do Controle de Doenças da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, 30% dos exames referentes a pacientes que morreram sob suspeita confirmam a covid-19. Se essa proporção se mantiver no cenário nacional, o país pode ter mais 364 mortes causadas pela doença fora da estatística oficial — uma sombra de 17%.
O estado mais populoso e com mais casos de covid-19 é também o que lidera as mortes sob investigação: 787 casos. O sistema público de saúde paulista vem demonstrando sinais de sobrecarga: com leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) cheios na capital, o governo já estuda medidas para desafogar os hospitais. Na sequência vem o Rio de Janeiro, que investiga 130 mortes.
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