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Sargento de 46 anos é 1ª vítima confirmada de covid-19 na PM do Rio

20.abr.2020 - Sargento Carla Nascimento Dias, 46, da PM do Rio, morreu em decorrência de covid-19 - Reprodução/Facebook
20.abr.2020 - Sargento Carla Nascimento Dias, 46, da PM do Rio, morreu em decorrência de covid-19 Imagem: Reprodução/Facebook

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

20/04/2020 19h20

A Polícia Militar do Rio confirmou hoje a primeira morte em decorrência de coronavírus na corporação. A sargento Carla Nascimento Dias, 46, morreu em 15 de abril, no Hospital Central da Polícia Militar, no bairro do Estácio, na zona norte do Rio, onde também trabalhava como técnica de enfermagem. A contaminação da profissional só foi confirmada com o segundo exame para covid-19, que deu positivo.

Carla ficou internada na unidade de saúde durante um mês. De acordo com a PM, a causa da morte foi definida como "insuficiência respiratória e pneumonia viral".

A sargento ingressou na Polícia Militar há 22 anos. Era casada e deixou um filho.

Na internet, uma amiga postou uma homenagem a Carla.

"Uma esposa e mãe que não vai mais voltar para casa, não vai mais dar um beijo no seu marido nem tão pouco [sic] um abraço no seu filho de treze anos. Ela não pôde ficar em casa porque há 22 anos, quando entrou para a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, fez um juramento de servir, proteger e principalmente de salvar vidas. Minhas continências hoje vão para você, minha comandante, que ajudou tantos e tantos colegas durante seus anos de trabalho e que hoje nos deixa em detrimento do serviço, porque não tenho dúvidas de que o seu falecimento se deu por ato de serviço", postou a PM Flavia Louzada.

A PM confirma que 34 policiais militares estão infectados por covid-19 no estado.

Casos suspeitos

No total, está confirmada a contaminação de 34 policiais no estado. Também há casos de mortes suspeitas, aguardando o resultado do exame.

Ontem faleceu o sargento Robson Santana Nascimento, 40, com suspeita de covid-19. Ele estava na mesma unidade hospitalar que Carla, desde o dia 13 de abril. A causa da morte também foi registrada como "insuficiência respiratória e pneumonia viral". O sargento Robson era lotado no 24º BPM (Queimados), na baixada Fluminense e estava na corporação há 18 anos. Ele era casado e tinha um filho.

Outro sargento que apresentou sintomas compatíveis com a doença e morreu foi o policial Jorge Luis Lessa, 49. Ele estava internado desde o último dia 10, no setor de cuidados médicos para a pandemia de covid-19 do Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), e faleceu na madrugada do dia 17 de abril.

Lessa era lotado no BPVE (Batalhão Policial de Vias Expressas). De acordo com a corporação, ele morreu de parada cardiorrespiratória e o teste que confirma a infecção por coronavírus ainda não foi liberado.

"O policial teve uma piora na quinta-feira, sendo transferido para a UTI da unidade. Foi submetido a teste para covid-19, mas o resultado ainda está sendo aguardado", informou a corporação através de nota.

Lessa era segundo sargento e ingressou na PM em 2000. Era casado e deixou dois filhos.

A PM informou que o sargento Jerônimo Rodrigues Gaspar, 48, também faleceu com suspeita de infecção por covid-19. De acordo com a corporação, ele estava afastado das ruas por oito dias, passou mal em casa e foi conduzido ao posto de saúde de Jaconé, em Saquarema, na Região dos Lagos. Ele faleceu na manhã de domingo. O sargento da PM era lotado no BPRv (Batalhão de Polícia Rodoviária) e estava na corporação há 21 anos. Gaspar deixou a esposa e uma filha.

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