Diretor da OMS diz que se Brasil tiver 'problemas', pode procurar entidade
Questionado sobre a situação do Brasil em meio à pandemia do novo coronavírus, o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a entidade tem mantido contato constante com o país.
A pergunta feita durante a coletiva de imprensa de hoje também abordou a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que disse que não tinha como fazer milagres diante da pandemia. O diretor-geral da OMS, porém, preferiu não comentá-la.
"Eu não comentaria o que o presidente disse sem verificar o que ele realmente disse. Então, é isso que eu gostaria de dizer. E estamos conversando com o Brasil regularmente. Portanto, se eles tiverem perguntas ou tiverem problemas, podem conversar conosco. Se houver algum comentário, gostaríamos de tê-lo diretamente", disse Ghebreyesus.
O Ministério da Saúde anunciou ontem que subiu para 5.017 o número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil — 474 óbitos confirmados nas últimas 24 horas, maior número registrado no período desde o início da pandemia.
Com os dados atualizados, o país ultrapassou a China, que registra oficialmente 4.643 mortes por conta da covid-19. No total, são 71.886 casos oficiais no país.
Balanço da pandemia do novo coronavírus
O anúncio de emergência de saúde pública de importância internacional feito pela OMS com o surto do novo coronavírus completará três meses amanhã. Com isso, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade, aproveitou a coletiva de hoje para relembrar alguns momentos desde o aviso.
"Desde o início, a OMS agiu rápida e decisivamente para responder e alertar o mundo. Tocamos o alarme mais cedo e com frequência. Dissemos repetidamente que o mundo tinha uma janela de oportunidade para preparar e impedir a transmissão generalizada da comunidade", disse.
Com a marca de três meses, o Comitê de Emergência da entidade se reunirá amanhã para reavaliar a evolução da pandemia e aconselhar sobre novas atualizações recomendações.
"Nos três meses desde a última reunião do Comitê de Emergência, a OMS trabalhou dia após dia para tocar o alarme, apoiar os países e salvar vidas. Trabalhamos com países para ajudá-los a se preparar e responder", considerou Ghebreyesus.
"Compartilhamos a tristeza e a dor de tantas pessoas em todo o mundo, e compartilhamos a esperança de que possamos superar essa pandemia juntos. Há uma coisa que não fizemos: não desistimos. E não vamos desistir", finalizou o diretor-geral da OMS.
Desde que foi identificado na China, em dezembro de 2019, o novo coronavírus já causou a morte de 219.611 em todo o mundo, de acordo com a última atualização divulgada pela Universidade Johns Hopkins. Ao todo, já são 3.143.555 casos de covid-19 acumulados.
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