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Entidade científica cobra ações emergenciais de Teich contra coronavírus

Entidades científicas enviaram uma carta para o ministro da Saúde, Nelson Teich, cobrando plano de ação contra coronavírus - Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Entidades científicas enviaram uma carta para o ministro da Saúde, Nelson Teich, cobrando plano de ação contra coronavírus Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

30/04/2020 08h41

Em carta enviada para o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) reforçou a importância de que as medidas de combate ao novo coronavírus devem ter a ciência como diretriz para poupar vidas e que o distanciamento social é necessário.

O grupo, que engloba mais de 40 entidades científicas, também cobrou do ministro um plano de ação mais claro e alinhado com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, a SBPC destaca que é importante considerar as estratégias que foram executadas com sucesso por governos de outros países na contenção da infecção.

Para a entidade, se nada for feito nos próximos dias, os pronunciamentos do ministério vão se resumir a informar o número de mortos.

"Desde o dia 17 de abril do corrente, quando ocorreu sua posse no Ministério da Saúde, nós, cientistas, esperamos visualizar o delineamento de um plano de ação para um combate direto e eficaz da pandemia provocada pela covid-19. Esse plano deve conter ações emergenciais a serem implementadas o mais rapidamente possível e divulgadas, de forma a garantir a transparência das ações do ministério no atual momento sanitário pelo que passa o país", destacou a carta.

"É fundamental que a população se sinta amparada e possa ouvir uma voz uníssona que reforce essas diretrizes, assumindo uma conduta única, em consonância com o que os cientistas de todo mundo pregam", acrescentou.

A SBPC ainda pediu esclarecimentos de ações importantes de enfrentamento da pandemia como: a quantidade de unidades de saúde que já foram, estão sendo ou serão contempladas com o fornecimento de respiradores. Além disso, o grupo questiona quais providências estão sendo tomadas para que o volume de testes aumente no Brasil.

"A principal preocupação no momento tem que ser o respeito à vida", concluiu a carta. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registra 5.466 mortos e 78.162 casos oficiais em balanço divulgado ontem.