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Barreiras policiais serão usadas em lockdown no Maranhão, diz Flávio Dino

O governador do Maranhão, Flávio Dino - Kleyton Amorim/UOL
O governador do Maranhão, Flávio Dino Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Do UOL, em São Paulo

01/05/2020 16h28

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), informou hoje que irá implantar barreiras policiais para garantir o cumprimento da decisão judicial que estabeleceu o bloqueio total (lockdown) na região metropolitana de São Luís.

As forças de segurança do estado só permitirão, por exemplo, a circulação de trabalhadores de serviços essenciais nas principais avenidas de São Luís, a exemplo de profissionais de saúde.

Dino avisou quem haverá punição para aqueles que descumprirem a medida. "Quem insistir no cumprimento apenas de orientações políticas, insensatas, estará simultaneamente infringindo normas estaduais e descumprindo a decisão do Poder Judiciário".

A Justiça do Maranhão decretou ontem lockdown em quatro cidades do estado: São Luís, São José do Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.

O juiz Douglas Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da Ilha de São Luís, determinou lockdown a partir de 5 de maio, por ao menos 10 dias.

A medida foi tomada por conta do aumento na contaminação de covid-19 e da alta ocupação hospitalar de pacientes com o novo coronavírus. Até agora o estado registra 3.506 casos confirmados e 204 óbitos, de acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde.

Entre as medidas anunciadas por Dino estão:

  • Suspensão das aulas por todo mês de maio;
  • Suspensão quase completa de entrada e saída de carros em São Luís, com exceção para caminhões de abastecimento;
  • Apenas serviços essenciais permanecerão abertos como farmácias e supermercados;
  • Proibição de carros estacionados em áreas de lazer, onde não haja serviços essenciais;
  • Imposição de regras de controle sanitários para feiras e aumento de multa para agências bancárias que não organizem o atendimento a clientes.
"Não há necessidade de corrida para compra de alimentos, os estabelecimentos que vendem comida estarão todos abertos. Não se aglomerem sem nenhuma racionalidade em supermercados e feiras, pois estarão abertos assim como as farmácias."