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"Se nada mudar, eu vou recomendar o lockdown", diz prefeito de Manaus

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto - Reprodução/Twitter/@Arthurvneto
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto Imagem: Reprodução/Twitter/@Arthurvneto

Do UOL, em São Paulo

01/05/2020 10h48

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), afirmou que se a população da cidade não aderir ao isolamento social, ele irá recomendar ao governo do estado a adoção do lockdown (confinamento total). A medida radical seria a última alternativa para conter o avanço da covid-19 na capital do Amazonas.

"Se nada mudar, eu vou recomendar ao governador que decrete a quarentena, o chamado lockdown. Fecha tudo. Radicalizar mesmo. Vamos salvar as pessoas mesmo que elas não queiram ser salvas. Lá na frente, elas vão poder avaliar se tomamos as medidas certas ou não. Mas primeiro elas precisam estar vivas."

A afirmação foi feita em entrevista publicada hoje ao jornal "O Globo".

Segundo dados Ministério da Saúde, o estado tem a maior taxa de incidência da doença em todo o Brasil. São 5.224 casos confirmados e 425 mortes.

O prefeito afirmou ainda que a cidade "vive cenas de terror", devido ao colapso funerário e do sistema público de saúde.

Dados obtidos pelo UOL mostram que mais de 2,4 mil pessoas foram enterradas em Manaus durante todo o mês de abril. O número é quase três vezes maior do que o registrado no ano passado.

Virgílio Neto voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "por pregar contra as medidas de isolamento social".

Ontem, o UOL revelou que Bolsonaro incentivou, por meio de uma uma chamada de de vídeo em março, a realização de uma carreata na cidade contra o isolamento social.