Faltam medicamentos em hospital que trata grávidas com covid-19 no Rio
De acordo com investigação do jornal O Globo, o Hospital da Mulher Heloneida Studart, no Rio de Janeiro, não tem medicamentos básicos para atender pacientes com covid-19.
Esse hospital na Baixada Fluminense é referência no tratamento de grávidas diagnosticadas com o novo coronavírus: a maternidade tem 17 leitos na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), dos quais dez foram destinados a gestantes com a doença — mas somente sete estão equipados com monitores e respiradores.
Um funcionário relatou ao jornal que o hospital não tem mais estoque de medicamentos sedativos e bloqueadores neuromusculares — usados para entubar os pacientes. O procedimento é comum entre pacientes com covid-19: cinco das grávidas internadas no local precisam do auxílio de aparelhos para respirar.
O jornal relata, também, que o estoque de antibióticos está quase zerado — esse tipo de medicamento é usado para tratar a pneumonia, uma complicação comum em pessoas diagnosticadas com o vírus.
A OS Instituto Gnosis, que administra o hospital, já pediu ao estado um aditamento no contrato que permita a compra de novos medicamentos e equipamentos. A previsão é que a demanda de leitos aumente ainda mais, e já existe uma fila de espera para a UTI.
"A demanda tem sido muito grande. Não perdemos nenhuma grávida para a covid-19, mas a falta de medicamentos básicos na hora de entubar pode mudar este quadro. Já recebemos algumas ligações de hospitais perguntando se tínhamos vagas, porque a grávida precisa, além do isolamento que a doença exige, que haja intensivitas e obstetras de plantão, porque o bebê precisa ser examinado constantemente", revela um funcionário em entrevista ao jornal.
A secretaria de saúde do estado ainda não se pronunciou sobre o caso.
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