Doria diz que SP não vai cumprir decreto que reabre academias e barbearias
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que não vai seguir o decreto feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para a inclusão de academias, barbearias e salões de beleza entre os serviços essenciais durante a pandemia do novo coronavírus. Em entrevista coletiva concedida hoje no Palácio dos Bandeirantes, ele disse que o estado não fará qualquer mudança na atual quarentena, que vai até o dia 31 de maio.
"Decreto relativo à academias de ginástica e salões de beleza. Aqui em São Paulo, o governo respeita e ouve o secretário de Saúde e o comitê de Saúde. Eles nos indicam que não temos condições sanitárias seguras de academias, salões de beleza e barbearias neste momento. Respeitamos todos os profissionais, mas o nosso maior respeito por eles é garantir a sua vida, sua saúde", declarou.
A decisão do governador em não aderir ao decreto presidencial na situação dos barbeiros e salões de beleza foi endossada pelo coordenador do Centro de Contingência ao Coronavírus, Dimas Covas. Ele afirmou que não há justificativa sanitária para promover o contato entre clientes e profissionais.
"Nos salões, a manipulação é muito próxima. Ela vai tocar a pessoa. São situações de risco. Não tem apoio científico nenhum.", afirmou.
A posição do governador de São Paulo em não seguir o decreto não é isolada. Governadores de outros 17 estados e do Distrito Federal anunciaram que não vão permitir a reabertura de academias, salões de beleza e barbearias. O presidente reagiu em um post no Facebook reclamando da atitude. Em um trecho do texto, ele escreveu que "afrontar o estado democrático de direito é o pior caminho, aflora o indesejável autoritarismo no Brasil".
Os prefeitos do interior de São Paulo são outros gestores públicos que se moveram diante do decreto presidencial. As administrações das cidades de Guararapes e São José dos Campos publicaram decretos autorizando o funcionamento de academias, salões de beleza e barbearias.
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