EUA: Protestos contra lockdown podem ser foco de coronavírus, sugerem dados
Resumo da notícia
- Protestos contra o lockdown nos Estados Unidos podem ter espalhado o vírus no país
- A informação é baseada em dados de localização de celulares dos americanos que foram aos atos
- Os manifestantes viajaram longas distâncias e cruzaram estados para protestar contra o lockdown
- Após um protesto em Michigan, em abril, celulares foram registrados retornando a todas as partes do estado
- Especialistas alertam para 'um alto risco de infecção' nos EUA em decorrência das manifestações
- Os Estados Unidos têm hoje 1.486.742 casos confirmados 89.564 mortes pela doença
Protestos contra o lockdown (o bloqueio total de uma região) nos Estados Unidos podem ter sido foco de contaminação do novo coronavírus e espalhado o vírus pelo país. A informação é baseada em dados de localização de celulares dos americanos e foi divulgada ao jornal britânico The Guardian.
Dados do Comitê de Proteção ao Medicare indicam que manifestantes viajam vários quilômetros para ir e voltar dos protestos e têm contato com um número relevante de pessoas nesse trajeto.
O comitê acredita que as manifestações tiveram um papel importante na disseminação da covid-19 em regiões dos EUA em que a doença apresentava números baixos.
As informações de localização são anônimas e não permitem a identificação das pessoas. Os dados são coletados por cientistas de dados da empresa VoteMap que usaram as localizações para determinar a movimentação de manifestantes no final de abril e início de maio.
Nesse período foram registradas manifestações nos estados de Michigan, Wisconsin, Illinois, Colorado e Flórida.
Em Michigan, após um protesto em 30 de abril, celulares que estavam presentes no ato foram registrados retornando a todas as partes do estado.
Alerta
Após os primeiros protestos contra o lockdown, cientistas alertaram para os riscos de uma nova onda de contaminação.
Rob Davidson, diretor executivo do Comitê de Proteção ao Medicare, disse ao jornal que, embora "seja difícil traçar uma linha reta entre dispositivos e indivíduos nesses protestos e os casos da doença", os dados sugerem que os eventos são epidemiologicamente significativos.
"O comportamento que estamos vendo nos protestos acarreta um alto risco de infecção. Podemos ver que os manifestantes estão saindo de um evento altamente concentrado e depois se dispersando amplamente", acrescentou ele.
Os Estados Unidos são o país com mais infectados no mundo hoje (1.486.742 casos confirmados) e também com mais mortes (89.564 óbitos confirmados).
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