Após falar em reabertura, Crivella mantém isolamento com mortes em alta
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou que o isolamento social na capital fluminense será mantido por mais uma semana. De acordo com ele, os números de mortes e infecções pelo coronavírus nos próximos sete dias serão analisados e, caso os dados apresentem queda, o comércio será reaberto gradualmente.
Concessionárias de veículos e lojas do setor moveleiro serão os primeiros estabelecimentos autorizados a reabrir as portas. "Esses comércios não geram aglomerações", justificou o prefeito. No entanto, igrejas e templos religiosos poderão funcionar livremente, a partir da publicação de um decreto em edição extra do Diário Oficial, na tarde de hoje.
Com números de mortes e contágio pelo coronavírus em ascensão na capital, Crivella acredita ter "dominado a doença". Na última semana, o prefeito se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Brasília. Desde então, Crivella —que sonha com o apoio expresso do presidente nas eleições desse ano, quando tentará a reeleição— tem projetado formas de reabrir o comércio da cidade.
"Não queremos que as pessoas fiquem tranquilas. Mantenham as máscaras e os procedimentos de higiene. Mas, não podemos negar que dominamos a pandemia, no sentido que as ondas que prevíamos, não entramos no caos. Tínhamos uma preocupação de que haveria explosão de casos e não teríamos como atendê-los. Graças ao bom deus e aos equipamentos que vieram, quando reabrirmos as atividades, teremos leitos para atender a todos que precisarem", declarou.
De acordo com dados de ontem do governo do estado, a capital é epicentro da pandemia em território fluminense. Das 3.993 mortes por covid-19 registradas, 2.775 aconteceram na cidade. Enquanto isso, dos 37.912 casos confirmados da doença, 21.775 aconteceram na capital.
Contagem de mortos terá mudanças
A secretária Municipal de Saúde, Ana Beatriz Busch, anunciou mudanças na metodologia de contagem de mortos pelo coronavírus na cidade. Até a semana passada, as informações sobre óbitos eram divulgadas em uma plataforma online. No entanto, as informações foram retiradas do ar —o que gerou críticas à Prefeitura quanto à transparência dos dados.
"A gente não informava óbitos diários. A gente informava óbitos de casos confirmados. E isso confundia a população. A grande novidade é colocar o óbito diário de uma fonte mais fidedigna que são os cemitérios, os sepultamentos. Esse é o grande lucro de transparência nesse portal. Os outros dados vão ser cada vez mais lapidados para que a gente possa refletir a realidade", afirmou.
"A mudança feita no painel é para dar mais transparência a esses dados. Hoje, quando uma pessoa falece, a família recebe a sua declaração de óbito. Esse documento é levado ao cartório. O cartório emite dois documentos a partir daí. Uma guia de autorização de sepultamento, que a família vai levar ao cemitério, e a certidão de óbito", explicou.
"O cartório fica com uma via onde o médico preencheu a causa do óbito e isso vai para a Secretaria Municipal de Saúde, pra Secretaria Estadual. Só que esse dado do cartório pra chegar até nós pode levar até 60 dias. O dado mais próximo, mais fidedigno de quem faleceu hoje, ou ontem ou há dois dias é o dado de sepultamento nos nossos cemitérios. É esse dado que a gente vai passar a informar", concluiu.
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