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Crivella diz que vai analisar sugestão de 'lockdown' feita pela Fiocruz

23.mar.2020 - Ruas vazias no Rio de Janeiro durante início da quarentena no estado - Dhavid Normando/FuturaPress/Estadão Conteúdo
23.mar.2020 - Ruas vazias no Rio de Janeiro durante início da quarentena no estado Imagem: Dhavid Normando/FuturaPress/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

07/05/2020 08h54Atualizada em 07/05/2020 10h11

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), afirmou hoje que vai levar ao seu "gabinete científico" um relatório da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) que sugere a adoção de medidas de "lockdown" (bloqueio total) para evitar uma catástrofe" por causa da pandemia do coronavírus.

O documento foi enviado pela Fiocruz ao Ministério Público do Rio de Janeiro, que pediu posicionamento para os governos do estado e do município.

"Até agora, o gabinete, que desde o começo da pandemia tem auxiliado a Prefeitura nas nossas reuniões, não chegou à conclusão de que isso [lockdown] era necessário. Porém, vamos levar à próxima reunião essa recomendação e os argumentos adotados pela Fiocruz", afirmou Crivella.

O prefeito disse que uma reunião com seu gabinete científico deve ser feita hoje à tarde ou, no máximo, amanhã de manhã, e ressaltou que uma medida com essa precisa levar em conta o impacto econômico.

"De um lado temos a Fiocruz, de outro a Firjan, a Fecomercio, que falam em desemprego em massa, quebra da atividade econômica. É preciso sempre ouvir os dois lados e tomar uma decisão ponderada", declarou.

Lockdown por 'longo período'

O relatório da Fiocruz sugere que o lockdown poderia ser adotado por um "longo período" de forma intermitente, ou seja, alternando medidas mais duras com momentos de relaxamento.

"Possivelmente, essas medidas serão acionadas e repetidas durante um longo período, já que, até o presente momento, não há perspectiva de término desta situação de crise sanitária e humanitária nos próximos 18 a 24 meses", diz o documento.

O objetivo do relatório, segundo a Fiocruz, é "salvar vidas", pois a adoção tardia de um lockdown "resultaria em uma catástrofe humana de proporções inimagináveis para um país com a dimensão do Brasil".