MG tem aumento de quase 8 vezes em mortes por SRAG e admite subnotificação
O estado de Minas Gerais registrou, do início do ano até o último dia 16, 1.435 mortes causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sintoma relacionado a doenças como asma, bronquite, pneumonia e até coronavírus.
Este número é quase 8 vezes maior ao divulgado no mesmo período de 2019, em que foram constatados 185 óbitos por SRAG. Os números são da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e foram divulgados pela TV Globo. Hoje, o governo do estado admitiu haver subnotificação no número de casos da covid-19.
Em coletiva de imprensa, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Dario Ramalho afirmou que as autoridades em Minas trabalham com a estimativa de que há 1 confirmação de coronavírus para cada 10 casos que acontecem na região.
"A expectativa que trabalhamos é de 1 para cada 10 casos. Dentro de uma lógica de vigilância, é natural supor que se tem algum grau de subnotificação, isso para qualquer doença", afirmou ele, que salientou a dificuldade de diagnosticar todos os casos, devido aos pacientes assintomáticos", afirmou Ramalho.
Aumento nas mortes
O aumento drástico em mortes pela síndrome em um ano pode ter relação com o número de mortes causadas pelo coronavírus no estado.
Até ontem, Minas registrava 6.962 casos confirmados de covid-19, com 230 mortes. O índice é bem menor comparado ao de vizinhos como São Paulo (81 mil casos e mais de 6 mil mortes) e Rio de Janeiro (39 mil casos e mais de 4 mil mortes).
Em meio ao cenário incerto sobre os números oficiais da pandemia, Minas também é tido, ainda segundo o veículo, como um dos estados que menos fazem testes para o coronavírus, atrás apenas do Rio.
No levantamento da SES-MG, consta que a semana com maior número de mortes por SRAG foi a 13ª, entre 22 e 28 de março de 2020, com 174 óbitos. No mesmo período do ano passado, este índice ficou em 8.
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